A manhã de sábado foi particularmente agitada na conta pessoal de Twitter de Donald Trump. O presidente americano começou cedo - às 7h30 locais - e Barack Obama foi o alvo escolhido.
Primeiro, Donald Trump escreveu sobre o procurador-geral Jeff Sessions, que tem estado sob fogo cruzado de acusações sobre os seus encontros com dirigentes russos. Segundo Trump, a primeira reunião que Sessions teve com o embaixador russo foi agendada pela administração Obama no âmbito de um programa sobre educação.
Mais tarde. Trump subiu o tom e afirmou que um bom advogado poderia provar que Obama colocou os seus telefones sob escuta em outubro, antes das eleições presidenciais de novembro.
Em menos de uma hora, Donald Trump publicou seis tweets (até às 12h15m de Portugal) e todos visaram o ex-presidente Barack Obama. Com o clima em Washington a aquecer, nomeadamente em virtude das acusações que pairam sobre o procurador Jeff Sessions, a reação de Donald Trump surge como uma forma de transferir o epicentro da discussão para o mandato do seu antecessor numa altura em que alguns analistas admitem que a proximidade da equipa de Trump à Rússia poderá ser o seu Watergate. O escândalo que marcou a administração de Richard Nixon nos anos 70 foi agora também evocado por Donald Trump, mas em sentido inverso: "This is Nixon/Watergate" [Isto é Nixon/Watergate], escreveu ao acusar Obama de escutas telefónicas.
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