“Como os Estados Unidos afirmam há muito tempo, a paz entre israelitas e palestinianos apenas pode surgir de conversações diretas entre as partes e não através das condições impostas pelas Nações Unidas”, declarou em comunicado o futuro chefe da Casa Branca, numa tomada de posição rara no país para um Presidente norte-americano eleito que ainda não assumiu funções.

“Israel ficaria colocado numa posição negocial muito má e é extremamente injusto para todos os israelitas”, afirma Donald Trump, citado no comunicado.

“É necessário impor um veto à resolução analisada no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, acrescentou.

O voto sobre o texto, apresentado pelo Egito, está previsto em Nova Iorque para as 15:00 locais (20:00 em Lisboa).

Em 2011, uma resolução semelhante ficou comprometida pelo veto dos Estados Unidos, e é muito incerta a probabilidade de sucesso da proposta egípcia.

Mas a eventualidade de a cessante administração do Presidente Barack Obama permitir a aprovação de semelhante resolução originou nos últimos meses numerosas especulações na ONU.

As Nações Unidas consideram esta colonização ilegal na perspetiva do direito internacional e apelaram por diversas vezes a Israel para pôr termo à construção de colonatos. No entanto, os responsáveis da ONU confirmaram um aumento das construções em territórios palestinianos nos últimos meses.

O projeto de resolução exorta o Estado hebraico a “terminar de imediato e completamente toda a atividade de colonização em território palestiniano ocupado, incluindo Jerusalém-leste”.