O presidente eleito dos Estados Unidos da América, Donald Trump questionou, esta quarta-feira, a competência dos serviços de inteligência norte-americanos no caso do ataque informático ao Partido Democrata durante as eleições presidenciais de novembro de 2016.
Durante a campanha eleitoral norte-americana o WikiLeaks, organização de que Assange é fundador, divulgou vários e-mails do Comité Nacional Democrata, alvo de ataques informáticos que, segundo os serviços de inteligência dos EUA, foram perpetrados por piratas russos e tinham como objetivo favorecer Trump, uma acusação que a Rússia rejeitou sempre, mas que levou à expulsão de 35 diplomatas russos dos EUA.
"Julian Assange disse que 'um adolescente de 14 anos poderia piratear Podesta [diretor de campanha de Hillary Clinton]. Porque foi o Comité Nacional Democrata tão descuidado? [Assange] também disse que os russos não lhe deram nenhuma informação", pode ler-se na publicação de Trump na rede social Twitter.
Ainda sobre os serviços de inteligência, Trump recorreu à ironia e ridicularizou as agências secretas do próprio país, ao considerar "muito estranho" que fosse adiada a entrega de um relatório, para a próxima sexta-feira, sobre os "Ataques Russos".
O presidente-eleito colocou em causa não apenas as conclusões dos serviços de inteligência norte-americanos sobre o caso, como ainda questionou "porque razão o Comité Nacional Democrata não tem defesas contra piratas informáticos como o Comité Nacional do Partido Republicano".
Em entrevista à cadeia televisiva norte-americana Fox News, esta terça-feira, dia 3, Julien Assange disse que os ataques de piratas informáticos ao e-mail pessoal de Podesta foram "algo ao alcance de um adolescente de 14 anos". Para além desta informação, reiterou que não existe qualquer ligação entre o Governo russo e o grupo que divulgou os documentos.
"A fonte não é o Governo russo. Não é um Estado", disse o fundador do WikiLeaks, que permanece refugiado na embaixada do Equador em Londres.
Durante a campanha eleitoral norte-americana, o WikiLeaks publicou mais de 30 mil ‘e-mails’ de Hillary Clinton de um servidor privado que utilizou quando exerceu o cargo de secretária de Estado. E, além disso, o portal divulgou cerca de 20.000 mensagens de correio eletrónico enviadas e recebidos por membros do Comité Nacional Democrata.
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