De acordo com um comunicado da Casa Branca, os dois líderes concordaram durante uma conversa telefónica “em trabalhar junto com parceiros internacionais para fornecer assistência imediata ao povo libanês”.

Trump e Macron também “expressaram profunda tristeza pela perda de vidas e devastação em Beirute”, capital do Líbano.

Por outro lado, ambos falaram da “importância de ampliar o embargo de armas das Nações Unidas ao Irão”.

Na quinta-feira, o chefe do Comando Central dos EUA (CENTCOM), o general Frank McKenzie, falou com o comandante-chefe das Forças Armadas do país, o general Joseph Aoun, para o informar do envio de três aviões de mercadorias C-130 com ajuda norte-americana, incluindo alimentação, água e medicamentos.

Segundo um comunicado do porta-voz do CENTCOM, capitão Bill Urban, o general McKenzie expressou a vontade dos EUA em continuar a trabalhar com as Forças Armadas libaneses para ajudar os afetados pela tragédia e concordou com Joseph Aoun em continuar o diálogo, à medida que o esforços de recuperação se vão desenvolvendo.

O Presidente francês visitou o Líbano na quinta-feira, onde anunciou ajuda vinda de França e uma conferência internacional de doadores, além de ter exigido reformas aos líderes libaneses.

Macron percorreu Beirute acompanhado do homólogo libanês, Michel Aoun, e teve oportunidade de visitar o local em que ocorreram as explosões, cuja onda de choque atingiu vários bairros vizinhos causando perdas materiais entre os 3.000 a 5.000 milhões de dólares (entre 2,6 a 4,4 mil milhões de euros), de acordo com as estimativas das autoridades locais.

Duas fortes explosões sucessivas sacudiram Beirute na terça-feira, causando, pelo menos 154 mortos e cerca de 5.000 feridos, segundo o último balanço feito pelas autoridades libanesas.

Até 300.000 pessoas terão ficado sem casa devido às explosões, segundo o governador da capital do Líbano, Marwan Abboud.

O Governo português indicou na terça-feira não ter indicações de que haja cidadãos nacionais entre as vítimas.

As violentas explosões deverão ter tido origem em materiais explosivos confiscados e armazenados há vários anos no porto da capital libanesa.

O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, revelou que cerca de 2.750 toneladas de nitrato de amónio estavam armazenadas no depósito do porto de Beirute que explodiu.