O muito provável candidato republicano nas eleições presidenciais norte-americanas em novembro não se aprofundou nem negou as suas declarações de sábado, quando disse que "encorajaria" a Rússia a atacar os países da NATO se eles não pagassem as suas dívidas à aliança.

"EU FIZ A NATO FORTE, e até os RINOS e os democratas de extrema-esquerda reconhecem isso", disse Trump na rede social Truth Social, usando o acrónimo que alguns conservadores usam para criticar outros republicanos do partido: Republicanos Apenas de Nome (Republicans in Name Only, RINO, em inglês).

"Quando eu disse aos 20 países que não estavam a pagar a sua parte devida, que tinham de PAGAR, e disse-lhes que se não o fizessem, não teriam proteção militar dos Estados Unidos, o dinheiro chegou em abundância", afirmou.

"Mas agora que já não estou lá para dizer 'vocês têm de pagar', eles voltam às velhas práticas", acrescentou Trump.

O magnata costuma criticar os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) por não cumprirem os seus compromissos de gastos militares.

O ex-presidente comentou uma conversa com um líder não identificado durante uma reunião da NATO. "O presidente de um grande país levantou-se e perguntou: 'Bem, senhor, se não pagarmos e a Rússia atacar-nos, o senhor proteger-nos-ia?'", relatou Trump.

"Eu não protegeria. Pelo contrário, encorajaria [a Rússia] a fazer o que quisesse. Eles têm de pagar, têm de pagar suas contas", acrescentou.

Joe Biden classificou estes comentários como "perigosos" e afirmou que o seu antecessor pretende dar ao presidente russo, Vladimir Putin, "sinal verde para mais guerra e violência".

O republicano também criticou nesta segunda-feira o dinheiro desembolsado pelos Estados Unidos para ajudar a Ucrânia, em comparação com seus parceiros da NATO.