Em visita à Polónia, antes de se deslocar à cimeira do G20, que decorre este fim de semana em Hamburgo, o Presidente dos Estados Unidos apelou ainda a todos os países para confrontarem Pyongyang com o seu “comportamento muito, muito mau”, de acordo com a agência Associated Press.

Trump vai encontrar-se em Hamburgo com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, que se tem oposto ao reforço das sanções económicas e a eventuais ações militares contra Pyongyang.

Nas primeiras declarações públicas desde que a Coreia do Norte testou pela primeira vez um míssil balístico intercontinental, Donald Trump escusou-se a avançar quaisquer pormenores sobre que resposta pode ser esperada por parte dos Estados Unidos, mas considerou o incidente como “uma ameaça”, deixando claro que será “confrontada com muita força”, ainda segundo a AP.

“É uma vergonha que eles estejam a comportar-se desta maneira”, afirmou. “Estão a comportar-se de uma maneira muito, muito perigosa, e alguma coisa tem que ser feita em relação a isso”, acrescentou o chefe de Estado norte-americano, sem especificar.

Os Estados Unidos têm vindo a considerar um conjunto de novas sanções, medidas económicas e outras, em resposta ao teste na passada terça-feira do míssil intercontinental pela Coreia do Norte – avanço tecnológico que Washington considera como um aumento significativo da ameaça por parte de Pyongyang.

A China apelou hoje a que sejam evitados os “discursos e atos” suscetíveis de agravar as tensões na península coreana, em reação à defesa por parte dos Estados Unidos e da França de novas sanções contra Pyongyang propostas na quarta-feira nas Nações Unidas.

“Apelamos a todas as partes a que deem prova de contenção, evitando os discursos e atos suscetíveis de agravarem as tensões e a trabalharem em conjunto para diminuírem as tensões”, declarou o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Geng Shuang, citado pela agência France-Presse.

A China reiterou que critica claramente o lançamento histórico do míssil intercontinental e apelou “firmemente à Coreia do Norte para respeitar as resoluções da ONU”, mas recordou também que “a manutenção da paz e a estabilidade na península serve os interesses comuns de todas as partes”, acrescentou o porta-voz.