“Condenamos veementemente a intrusão provocadora do ministro israelita da Segurança Nacional na mesquita de Al-Aqsa, juntamente com colonos extremistas e sob a proteção das forças de segurança israelitas”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros turco, num comunicado.

Ancara instou Israel a tomar as medidas necessárias para pôr termo a “estas provocações que violam a santidade de Al-Aqsa e o seu estatuto histórico, com base no direito internacional”, sempre com o objetivo de “evitar uma escalada de tensão”.

Líder do partido extremista Poder Judaico, que integra a coligação governamental, Ben Gvir visitou hoje a Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, o terceiro local mais sagrado do Islão, pela terceira vez desde que se tornou ministro, coincidindo com o feriado judaico de Tisha B’Av.

Os crentes judeus de todo o mundo assinalam hoje, com um dia de jejum, a destruição dos históricos primeiro e segundo templos de Jerusalém, que se situavam no mesmo local onde se encontra atualmente a Mesquita de Al-Aqsa.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deveria fazer hoje uma visita oficial à Turquia, onde o líder palestiniano, Mahmoud Abbas, se deslocou há apenas dois dias.

No entanto, a visita de Netanyahu foi adiada depois de ter sido submetido sábado passado a uma operação para implantar um ‘pacemaker’.

A Turquia mantém relações diplomáticas com Israel e com a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), de Abbas, bem como com o grupo islamita palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza.

Durante a visita de Abbas a Ancara, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, sublinhou a importância para o Médio Oriente da criação de um Estado palestiniano com Jerusalém como capital.