“Os drones entraram na capital em grupos e vindos de diferentes direções. As forças de defesa aérea conseguiram destruir mais de duas dezenas de drones inimigos”, disse a administração militar de Kiev, na plataforma de mensagens Telegram.

O número exato de drones abatidos será anunciado posteriormente, acrescentou a administração, sem especificar se todos os drones foram destruídos durante o voo ou se alguns atingiram a cidade.

A queda de destroços de drones abatidos danificou automóveis, cabos dos elétricos de Kiev e um apartamento, onde uma pessoa ficou ferida, mas sem correr perigo de vida, disse a administração.

Um jornalista da agência de notícias France-Press em Kiev ouviu pelo menos uma dezena de explosões durante a madrugada.

O chefe da administração militar da capital, Sergey Popko, disse que os destroços dos aparelhos aéreos não tripulados abatidos caíram nos distritos de Sviatoshynskyi, Podilskyi e Shevchenkivskyi.

No distrito de Shevchenkivskyi, no centro de Kiev, provocaram um incêndio num edifício residencial que foi apagado pelos proprietários, sem causar vítimas, disse Popko, no Telegram.

No distrito de Sviatoshynskyi, localizado a oeste da capital, destroços causaram um incêndio no Parque Sovky, um dos jardins públicos mais conhecidos da cidade, disse o autarca de Kiev, Vitali Klitschko.

No distrito de Podilskyi, no centro de Kiev, destroços caíram num espaço aberto e os médicos que chegaram ao local trataram uma pessoa que sofreu um ataque de “stresse agudo”, segundo Klitschko.

Também no Telegram, o autarca disse que mais destroços em chamas caíram numa estrada no distrito central de Solomyanskyi.

Nas últimas semanas, as forças russas tinham intensificado os ataques com drones, sobretudo contra as cidades de Izmail e Reni, na província de Odessa, onde estão instalados os portos fluviais do Danúbio a que a Ucrânia tem recorrido para exportar cereais.

No final de agosto, o porta-voz dos serviços secretos militares ucranianos, Vadim Skibitski, afirmou que as forças russas estão a efetuar um reconhecimento das infraestruturas ucranianas e que poderiam iniciar uma série de ataques maciços com mísseis e ‘drones’ no final de setembro ou em outubro.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).