"Discutimos em pormenor a situação ao longo de toda a linha da frente. Falei-lhe da ofensiva e das ações ofensivas das nossas unidades. Informei-o que a operação está a decorrer de acordo com o plano", disse o general ucraniano em comunicado citado pela agência de notícias AFP.

A Ucrânia revelou na sexta-feira que está a preparar ataques na frente de combate até meados de verão, no âmbito da contraofensiva no leste e sul do país, onde pretende atacar mais rotas logísticas da Rússia.

O representante dos serviços de informações do Ministério da Defesa da Ucrânia, Vadim Skibitski, explicou que Kiev pretende minar a capacidade russa de abastecer as suas forças com armas e munições através da Crimeia.

Kiev irá analisar o potencial militar da Rússia em meados do verão, após o qual poderá avaliar melhor "a possível natureza das ações russas no período de outono-inverno".

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu que a ajuda dos parceiros ocidentais pode ser reduzida ou aumentada dependendo do sucesso da atual contraofensiva.

O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma “ameaça mortal” ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma “guerra civil”.

Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando “um número muito grande de vítimas”, acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.