PS condena ataque da Rússia e pede retirada imediata das suas forças militares

PS condenou hoje a ação militar da Rússia contra a Ucrânia e apelou a uma retirada imediata das suas forças de território ucraniano e o fim do reconhecimento russo das regiões de Donetsk e Lugansk.

Em comunicado, o PS “condena veementemente toda e qualquer violação do direito internacional” e “considera que no século XXI a solução para qualquer visão alternativa ou desentendimento deve ser sempre a via diplomática”.

Neste contexto, os socialistas portugueses condenam “fortemente o ataque militar da Rússia contra a Ucrânia” e apelam a uma “retirada imediata das forças militares russas da Ucrânia”. “O respeito pelo direito internacional deve ser a bitola quanto ao reconhecimento de novos países pelo que solicita à Rússia que reverta seu reconhecimento unilateral das regiões de Donetsk e Lugansk da Ucrânia”, refere-se no comunicado.

O PS defende depois que “só o quadro do direito internacional, dos acordos internacionais anteriormente estabelecidos, a retoma imediata do caminho da diplomacia e das resoluções pacíficas podem ser o caminho para o futuro pacífico e próspero de toda a região”.

“Temos que acreditar no quadro dos valores do século XXI que as soluções pacíficas e diplomáticas são aquelas que melhor defendem as pessoas e a prosperidade e crescimento dos países”, sustenta o PS.

No mesmo comunicado, os socialistas dizem apoiar “firmemente a soberania e a integridade territorial da Ucrânia”.

“Uma palavra de solidariedade para com o povo ucraniano e muito em particular à comunidade ucraniana presente no nosso país. Reiteramos a mensagem do nosso primeiro-ministro de que estamos prontos a acolher e apoiar aqueles que decorrentes destes atos de violência viram as suas vidas dilaceradas”, salienta-se no texto.

O PS destaca ainda “os esforços de diálogo conduzidos ao nível europeu por todos os líderes europeus que continuam a trabalhar incansavelmente para uma solução diplomática”.

“O apoio às populações afetadas é urgente e todo o apoio lhes deve ser urgentemente facultado. Continuaremos a lutar por uma posição clara e consistente a nível da União Europeia, bem como por sanções com repercussões económicas para os responsáveis por esta agressão”, acrescenta-se.

Rio considera ação da Rússia “ilegal e inaceitável” e pede "fortes punições"

O presidente do PSD classificou hoje a ação militar da Rússia na Ucrânia como “ilegal, desnecessária e inaceitável”, defendendo que deve acarretar “fortes punições”.

Numa publicação na rede social Twitter, o líder do maior partido da oposição em Portugal classificou o dia de hoje como “um dos dias mais tristes do pós-Guerra Fria”.

“Apesar de lhe ter sido oferecida a paz, a Rússia optou pela guerra. A decisão de invadir a Ucrânia é ilegal, desnecessária e inaceitável. E, com o mundo a ver, é preciso deixar claro que estas ações acarretam fortes punições”, defendeu.

Chega condena "veementemente" ofensiva russa e pede "duras sanções económicas"

O Chega condenou também “veementemente” a ofensiva militar russa contra a Ucrânia, manifestando solidariedade com o povo ucraniano e considerando que o Kremlin deve ser alvo de “condenações públicas e políticas” e de “duras sanções económicas”.

Em comunicado, a Direção Nacional do Chega indicou que o partido “condena veementemente a agressão levada a cabo, nas primeiras horas desta quinta-feira, pela Rússia à Ucrânia”.

“A soberania de um país é um dos pilares fundamentais do ADN europeu e a invasão que está em curso é um atentado a este princípio. O Chega mostra-se solidário com o povo ucraniano que enfrenta, neste momento, um dos momentos mais difíceis da sua existência enquanto nação independente”, lê-se na nota.

Segundo o partido, “a posição assumida pela Rússia deve ser alvo, não só das mais severas condenações públicas e políticas, como também de duras sanções económicas”.

O Chega apela a que “todos os Estados-membros da União Europeia se mantenham firmes e unidos na condenação a este ato vil, que coloca em causa a estabilidade social, económica e política internacional”.

“O Chega espera que Portugal e os restantes países da União Europeia saibam responder à crise humanitária que, infelizmente, poderá advir desta invasão”, frisou.

IL solidária com povo ucraniano “sob ataque criminoso do regime autocrático russo”

O Iniciativa Liberal solidarizou-se com o povo ucraniano que está sob “ataque criminoso do regime autocrático russo”, defendendo que Portugal deve ajudar “imediatamente os portugueses na Ucrânia e as famílias ucranianas” no país.

“A Iniciativa Liberal está solidária com o povo ucraniano, sob ataque criminoso do regime autocrático russo, um ataque a todo o mundo livre. Um povo na linha da frente com enorme dignidade e coragem no regresso das trevas da guerra à Europa”, pode ler-se numa primeira reação do partido nas redes sociais.

Na perspetiva do partido liberal, “Portugal deve ajudar imediatamente os portugueses na Ucrânia e as famílias ucranianas em Portugal”.

BE condena invasão da Rússia e diz que é um erro reforço das forças da NATO

A coordenadora do BE condenou hoje veemente a invasão da Rússia à Ucrânia, mas considerou um erro reforçar as forças da NATO por provocar escalada de guerra, defendendo o ataque à “oligarquia russa onde dói”, com sanções económicas fortes.

“A invasão da Rússia à Ucrânia é algo que nada pode justificar. Está em causa algo que é gravíssimo e que deve ser assim encarado. Há um país soberano que está a ser invadido à margem de qualquer lei internacional e isto merece a mais veemente condenação e merece ação”, disse aos jornalistas a líder do BE, Catarina Martins, à margem de uma visita ao IPO de Lisboa.

Na opinião de Catarina Martins, “uma escalada de guerra não vai proteger o povo ucraniano nem vai proteger a Europa”, considerando por isso o BE “que o reforço das forças da NATO é um erro porque vai provocar escalada e não dissuadir”.

“O que achamos que é fundamental neste momento é uma ação muito forte do ponto de vista económico, com sanções muito eficazes contra os oligarcas russos porque é assim que se pode obrigar à Rússia a voltar à via diplomática. Portugal deve apoiar as sanções fortes no seio da União Europeia contra os oligarcas russos, deve fazê-lo também em Portugal”, defendeu.

Para a líder do BE, “uma escala de forças militares na região não vai dissuadir movimentos de guerra, vai pelo contrário fazer escalada de guerra”.

“O mais eficaz é atacar a oligarquia russa onde dói e é do ponto de vista económico. Isso deve ser feito do ponto de vista europeu, deve ser também feito a nível nacional”, apelou.

PCP diz que "guerra não é solução" e pede que se evite envolvimento de militares portugueses

O PCP considerou hoje que a “guerra não é solução” para a resolução da situação entre a Ucrânia e a Rússia e exortou o Governo a contrariar a “escalada de confrontação política” impedindo o envolvimento de militares portugueses.

“A guerra não é solução seja para que problema for e é preciso fazer esforços para a evitar”, sustentou o líder parlamentar comunista, João Oliveira, durante um debate da comissão Permanente da Assembleia da República, com a participação do ministro dos Negócios Estrangeiros, sobre a invasão da Rússia à Ucrânia, durante a madrugada de hoje.

O PCP foi o único partido até agora a recusar condenar o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, pela invasão do território ucraniano e João Oliveira referiu que é “evidente que a situação que se vive na Ucrânia não é um problema entre russos e ucranianos, nem apenas uma disputa por território ou demarcação de fronteiras”.

“O problema é mais profundo, mais amplo e ultrapassa em muito o leste europeu”, argumentou, apontando o dedo aos Estados Unidos da América (EUA), “os verdadeiros interessados numa nova guerra na Europa” e que estão “dispostos a sacrificar até ao último ucraniano ou europeu para a promover”.

Na ótica do PCP, Washington está a promover uma nova guerra “a milhares de quilómetros das suas fronteiras” para “desviar atenções de problemas internos” e “assegurar a venda de armamento em larga escala”.

O dirigente da bancada comunista disse ainda que “não é expectável que a Rússia, cujo povo conheceu na história colossais agressões, venha a considerar aceitável que o inimigo”, ou seja, a Aliança do Tratado do Atlântico Norte (NATO) “esteja acampado nas suas fronteiras ou lhe faça um cerco militar por via de um ainda maior alargamento”.

Na resposta às declarações do PCP, o chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, disse que tinha registado que os comunistas não condenaram a invasão russa decidida por Putin.

“Ainda tem 13 segundos para o fazer”, desafiou Santos Silva.

No entanto, João Oliveira disse que o governante pediu ao PCP para condenar “apenas uma circunstância”.

“Condenamos todos o caminho que nos trouxe até aqui e condenamos todas as ações que contribuem para o mesmo objetivo. A escalada de confrontação política, económica e militar não é um ato ou uma circunstância isolada”, completou, alegando que para isso contribuiu a “extensão, durante 30 anos, das fronteiras da NATO” com a Rússia.

O líder parlamentar comunista finalizou que “é preciso condenar tudo aquilo que contribua para um desfecho violento deste conflito”.

Santos Silva respondeu que “essa técnica de querer condenar tudo ao mesmo tempo é o melhor disfarce” para recusar condenar o Kremlin.

Livre pede resposta aos refugiados, investigação e confisco de oligarcas russos

O Livre qualificou hoje a ação militar da Rússia contra a Ucrânia de ilegítima e ilegal, defendendo uma resposta de Portugal e da União Europa aos refugiados de guerra, investigação e confisco de oligarcas russos.

“A invasão da Ucrânia pela Rússia é, à luz do direito internacional, ilegítima, ilegal e agrava brutalmente a crise que a Europa vive. A Ucrânia tem as suas fronteiras internacionalmente reconhecidas e a Rússia, enquanto signatária da Carta da ONU, estava comprometida a não lançar ações agressivas, sem provocação, e a cumprir com as condições mínimas exigíveis para evitar o conflito”, veiculou o Livre, em comunicado.

O partido de Rui Tavares, eleito deputado nas eleições legislativas de 30 de janeiro, defende que “a União Europeia e Portugal tudo devem fazer perante o desastre humanitário que se adivinha”.

“É urgente preparar a ajuda a refugiados de guerra e Portugal deve estar nesta primeira linha de defesa dos Direitos Humanos, disponibilizando-se de imediato para acolher vítimas e deslocados de guerra. Mais, Portugal deve, através do Conselho da União Europeia, obter a garantia de todos os Estados Membros para que façam o mesmo”, sustenta.

“Portugal deve agir no quadro da União Europeia e em coordenação com os parceiros internacionais, pois só a unidade na política externa por parte da Europa permitirá continuar a defender a integridade territorial e a soberania da Ucrânia e o cumprimento do Direito Internacional”, argumenta.

Para o Livre, “esta guerra deixa também claro que é finalmente a hora de investigar o dinheiro sujo dos oligarcas, confiscar propriedade; retirar licenças a bancos russos e retirar a Rússia do sistema SWIFT de pagamentos internacionais, caso não haja cessar das hostilidades e regresso das tropas às anteriores posições”.

“Este não pode ser o tempo da força das armas, do gás e do petróleo. A União Europeia deve agora, perante esta crise, deixar de ter dúvidas sobre a importância, também geoestratégica, da Europa e aumentar massivamente o investimento em renováveis e alternativas energéticas”.

O Livre está “solidário com o povo ucraniano e com os milhares de ucranianos e luso ucranianos que, estando em Portugal, sofrem à distância os horrores da guerra” e “compromete-se a lutar para que Portugal seja um porto de abrigo das vítimas da guerra”.

CDS-PP quer solução "efetiva, rápida e consequente" para fim do conflito

O CDS-PP considerou hoje que a ação militar da Rússia contra a Ucrânia é "um ataque infame" e uma "violação grosseira do direito internacional" e defendeu uma "solução efetiva, rápida e consequente" para acabar com o conflito.

“A guerra iniciada hoje pela mão da Rússia na Ucrânia representa um ataque infame a um país soberano e uma violação grosseira do direito internacional que ninguém pode deixar de condenar”, afirma o vice-presidente centrista Pedro Melo.

Em comunicado enviado à Lusa, o CDS solidariza-se “com todo o povo ucraniano e, em especial, com as famílias das primeiras vítimas deste lastimável conflito”.

Os centristas exortam também “o Governo português a atuar em conjunto com a comunidade internacional, no quadro das Nações Unidas, da Nato ou outro, a fim de que se encontre uma solução efetiva, rápida e consequente para pôr cobro à guerra na Ucrânia”.

O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, anunciou hoje de madrugada o início de uma operação militar na Ucrânia, alegando que se destina a proteger civis de etnia russa nas regiões de Donetsk e Lugansk que reconheceu como repúblicas independentes na segunda-feira.

Em reação a essa decisão, o primeiro-ministro, António Costa, escreveu na sua conta na rede social Twitter: "Condeno veementemente a ação militar da Rússia à Ucrânia. Irei reunir com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, o ministro da Defesa Nacional e o chefe de Estado Maior General das Forças Armadas. E solicitei ao senhor Presidente da República reunião urgente do Conselho Superior de Defesa Nacional".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou para as 12:00 uma reunião deste órgão de consulta. Antes, pelas 10:30, irá reunir-se com o ministro da Defesa Nacional e com o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

O chefe de Estado fez também divulgar uma nota na qual afirma que, "em consonância com o Governo, condena veementemente a flagrante violação do direito internacional pela Federação Russa e apoia a declaração do secretário-geral das Nações Unidas António Guterres, expressando total solidariedade com o Estado e o povo da Ucrânia".

No Twitter, os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertiram hoje que o Kremlin será responsabilizado pelos seus atos.

"Vamos pedir contas ao Kremlin", escreveram Charles Michel e Ursula von der Leyen numa publicação conjunta nesta rede social.

"Condenamos veementemente o ataque injustificado da Rússia à Ucrânia. Nestas horas escuras, os nossos pensamentos estão com a Ucrânia e as mulheres, homens e crianças inocentes que enfrentam este ataque não provocado e temem pelas suas vidas", acrescentaram.

Para hoje às 19:00 (hora de Lisboa) está marcada uma cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da União Europeia.