“No sábado, após o estabelecimento de um cessar-fogo e da abertura de um corredor humanitário, dois grupos de civis deixaram os prédios residenciais adjacentes ao território da Fábrica Metalúrgica Azovstal”, referiu o Ministério da Defesa russo no Telegram.

Segundo o ministério russo, durante a tarde de sábado, 25 civis saíram do local e, ao início da noite, um segundo grupo formado por 21 pessoas abandonou também a unidade metalúrgica, sendo transportados para Bezimenoye”, uma cidade a leste de Mariupol, a meio caminho entre esta cidade portuária e a fronteira russa.

“Todos os civis receberam alojamento, alimentação e assistência médica necessária”, garantiram as autoridades russas, que não especificam a localidade para onde foi levado o primeiro grupo de 25 pessoas.

Num vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa russo é possível observar uma fila de automóveis e autocarros a movimentar-se no escuro, adornado com a letra “Z”, letra que se tornou o símbolo das forças armadas russas durante a invasão da Ucrânia.

No sábado, soldados ucranianos que guardavam a fábrica de Azovstal indicaram que 20 civis, incluindo crianças, haviam sido retirados, estimando-se que fossem em direção a Zaporijjia, um território controlado pelas forças ucranianas.

Na fábrica de Azovstal há cerca de mil civis refugiados, juntamente com cerca de 2.000 soldados ucranianos que ainda resistem aos bombardeamentos russos, havendo ainda a registar cerca de 500 feridos entre as pessoas que ali estão refugiadas.

A Rússia deu a cidade de Mariupol como “libertada” e começou a enviar tropas de Mariupol para a região de Donbass, no leste do país, de acordo com as informações veiculadas pelo Estado-Maior da Ucrânia e confirmadas também pelo Pentágono.

O Presidente russo decretou que a fábrica não deveria ser atacada, mas disse que o bloqueio às instalações teria de ser rígido ao ponto de “nem uma mosca conseguir sair”.