“Estudaremos qualquer potencial consequência para os cidadãos da União Europeia” (UE) depois do anúncio feito pelos EUA, disseram à agência EFE fontes da Comissão Europeia (CE).

Num artigo de opinião hoje publicado pelo jornal alemão Welt am Sonntag, o presidente da CE, Jean-Claude Juncker, defendia as medidas adotadas pelos 28 Estados-membros respeitantes à ajuda aos refugiados, mas também de reforço da segurança nas fronteiras e de luta contra o terrorismo.

A porta-voz comunitária Annika Bredidhardt recordou as palavras de Juncker no seu discurso sobre o estado da UE de 2015: “A Europa cometeu erros no passado fazendo distinção entre judeus, cristãos e muçulmanos. Não há religião, crença ou dogma em relação aos refugiados”.

O Presidente dos EUA, Doland Trump, voltou a realçar a necessidade de o seu país ter “fronteiras sólidas” e criticou a situação da migração na Europa e no resto do mundo.

“O nosso país precisa de fronteiras sólidas e de um escrutínio extremo, agora. Vejam o que está a acontecer em toda a Europa e, certamente, no mundo – uma confusão terrível”, afirmou Donald Trump numa mensagem publicada na sua conta pessoal na rede social Twitter.

Numerosos dirigentes de todo o mundo já criticaram a decisão do Presidente norte-americano de proibir a entrada de cidadãos de sete países maioritariamente muçulmanos.

A companhia aérea Brussels Airlines, que faz a ligação com os EUA, explicou que não houve passageiros afetados pela proibição, já que não registou cidadãos de nacionalidades abrangidas nas suas últimas operações.

Ao contrário, na vizinha Holanda, fonte da KLM confirmou à EFE que dois passageiros do Médio Oriente com voos de ligação em Amesterdão, com destino aos EUA, regressaram aos seus países de origem.

Em Paris, a AirFrance também recusou embarcar alguns passageiros com destino aos EUA.

Os países em causa na ordem executiva de Trump são: Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen.