Numa nota enviada à agência Lusa, o CHVNG/E aponta que "de todos os doentes, mais de 60% estão a ser atendidos dentro dos tempos-alvo preconizados, com grande esforço dos profissionais" e refere que as infeções respiratórias graves são o principal fator de afluxo.

Em causa estão as infeções de origem bacteriana ou vírica (gripe tipo B), o que leva a que "70% dos casos tratados nas urgências sejam considerados graves ou muito graves".

Neste centro hospitalar, na última semana do ano, o fluxo de doentes muito graves tem conduzido a cerca de 40 internamentos diários, especifica a nota.

Quanto a tempos de espera, de acordo com a prioridade clínica dada a cada utente, este varia ente os 20 minutos e as quatro horas.

"O serviço de urgências do CHVNGE tem ativos, por hora, mais de 200 episódios de urgência", refere o hospital, enumerando que os tempos médios de resposta são 20 minutos para prioridade clínica ‘laranja', 01:54 minutos para prioridade clínica ‘amarela' e 04:13 para prioridade clínica ‘verde'.

"O aumento da oferta em internamento, determinado no plano de contingência, está a ser devidamente acompanhada pela tutela", garante, por fim, o CHVNG/E.

Hoje, em conferência de imprensa, as autoridades de saúde admitem que tem havido uma maior pressão sobre as urgências nos últimos dias e que até há hospitais a suspender a atividade cirúrgica programada, mas consideram que são ajustamentos pontuais e rejeitam disfunção nos serviços.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, reconheceu que os últimos dias têm sido "uma época de pressão nos serviços", mas salientou que é necessário diferenciar entre "haver pressão e haver disfunção".

Também Ricardo Mestre, responsável da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), apontou para o "aumento da procura dos serviços de urgência", mas considera que os hospitais têm estado a responder de forma adequada.