A norma hoje publicada pela Direção-Geral da Saúde (DGS) relativa à vacinação contra à infeção pelo vírus Monkeypox (VMPX), que provoca varíola dos macacos, recomenda a vacina "à data, num contexto de pós-exposição, ou seja, para pessoas identificadas como contactos próximos de casos notificados, uma vez que pode prevenir ou atenuar as manifestações clínicas
da infeção humana por vírus Monkeypox".

Os contactos de risco que se queiram vacinar devem fazê-lo "nos primeiros quatro dias após o último contacto próximo com um caso, podendo esse período ir até 14 dias se a pessoa se mantiver sem sintomas", estabelecem as autoridades de saúde.

"Os contactos próximos deverão ser indicados após a notificação de um caso suspeito para que sejam contactados individualmente e emitida declaração para a vacinação num dos pontos de vacinação definidos por cada região de saúde", continua a DGS, que reforça "a importância da identificação de pessoas que estiveram em contacto próximo com os casos diagnosticados, com a máxima celeridade, de forma a que possa ser orientada a vacinação.

Recorde-se que, a 6 de julho, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) concedeu uma autorização de utilização excecional em Portugal para a vacina da varíola aprovada nos Estados Unidos também para a Monkeypox. A mais recente vacina contra a varíola é composta por uma estirpe atenuada e não replicativa do vírus Vaccinia (MVA), aprovada na União Europeia desde julho de 2013 para proteção contra a varíola em adultos.

Portugal recebeu no início de julho as primeiras 2.700 doses de vacinas contra o vírus Monkeypox, adquiridas pela Comissão Europeia para serem distribuídas entre os Estados-membros mais afetadas pelo surto.

A DGS recorda que uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.

Os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.