O anúncio teve lugar através da rede social Twitter, depois de as autoridades colombianas confirmarem que a ex-procuradora chegou a Bogotá na passada sexta-feira, acompanhada pelo marido e ex-deputado chavista, Germán Ferrer, provenientes de Aruba onde chegaram numa pequena embarcação, proveniente da costa venezuelana.

“A procuradora Luísa Ortega encontra-se sob proteção do Governo colombiano. Se pedir asilo damos-lho”, escreveu Juan Manuel Santos na sua conta no Twitter.

A 17 de agosto, o novo Procurador-geral da Venezuela acusou Luísa Ortega Díaz de conspirar contra o Governo e de ser “autora intelectual” da situação de violência que desde abril provocou mais de 121 mortos no país.

“Eu denuncio-a como uma agente da conspiração mais terrível que esta nação viveu. É a autora intelectual do que aqui ocorreu e enlutou a Venezuela”, disse Tarek William Saab numa sessão da nova Assembleia Constituinte.

Segundo Tarek William Saab, a ex-procuradora questionou a autoridade do Supremo Tribunal de Justiça e a eleição da Assembleia Constituinte, feita pelo Presidente Nicolás Maduro, o que originou um clima de violência no país que causou mais de uma centena de mortos, feridos e grandes perdas materiais.

“A sua atuação foi cúmplice em todas as ações de violência” no país, disse, sobre a antiga procuradora-geral da Venezuela.

A acusação teve lugar um dia depois de funcionários dos serviços secretos terem efetuado uma rusga na residência da ex-procuradora-geral e a Assembleia Constituinte ter pedido a detenção do marido, Germán Ferrer, por alegada corrupção.

Conhecida atualmente como “a procuradora rebelde”, Luísa Ortega Díaz foi designada pelo “chavismo” [numa referência ao regime de Hugo Chavez, Presidente do país de 1999 até à sua morte em 2013] como Procuradora-geral da Venezuela país, durante dois mandados consecutivos.

Em março deste ano, Ortega Diaz denunciou como ilegais duas sentenças do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Uma que limitava a imunidade parlamentar e a segunda em que o STJ assumia as funções do parlamento, no qual a oposição detém a maioria desde as eleições de janeiro de 2016.

A ex-procuradora-geral denunciou também a nomeação irregular de alguns dos magistrados do STJ pelo “chavismo” e acusou Maduro de convocar a eleição de uma Assembleia Constituinte para instaurar um regime totalitário no país.

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