Segundo as fontes, os saques ocorreram na cidade de Maracay, estenderam-se até Turmero (leste) e começaram no âmbito de protestos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro, tendo sido incentivados por alegados simpatizantes do regime.

"Temos vivido horas de grande tensão, em que não sabemos o que acontecerá. Indivíduos que não podemos identificar como sendo da oposição estiveram a incentivar os ataques a estabelecimentos comerciais enquanto era notória a ausência de militares e polícias", disse uma portuguesa à Lusa.

A mesma fonte explicou que "há muitos estabelecimentos saqueados, o que dificultará ainda mais o acesso local a bens de primeira necessidade".

Por outro lado um comerciante português explicou que além dos danos provocados agora os comerciantes "não sabem onde poderão abastecer-se e abastecer a família", acrescentando que "há negócios que ficaram absolutamente sem nada".

Entretanto, contactado pela agência Lusa, o cônsul honorário de Portugal em Maracay, Marcelino Canha, explicou que pelo menos duas dezenas de comércios de portugueses foram saqueados, sendo impossível, de momento, ter um número exato tanto de perdas como de estabelecimentos afetados.

"Saquearam restaurantes, supermercados, lojas de bebidas alcoólicas, charcutarias e talhos. Há muitos negócios fechados, porque saquearam tudo. As pessoas estão nas suas casas, na expectativa do que acontecerá", explicou.

Segundo Marcelino Canha, além do consulado local, a Embaixada de Portugal em Caracas, está a acompanhar os acontecimentos, estando a ser realizado um levantamento da situação.

Vários portugueses dão conta de que terão ainda sido saqueadas várias farmácias, fazendo mais difícil a obtenção de medicamentos, que já escasseavam.

Fontes não oficiais apontam que, além dos estabelecimentos de portugueses, foram saqueados pelo menos outros 60 estabelecimentos comerciais.

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