"Não obedeço a ordens imperialistas, não obedeço a governos estrangeiros, sou um Presidente livre", declarou Nicolas Maduro, numa reação à decisão norte-americana de congelar todos os bens que o chefe de Estado venezuelano possua nos Estados Unidos.

A decisão foi anunciada algumas horas antes pelo secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, que apelidou Maduro de "ditador".

A convocatória para a eleição foi feita a 01 de maio por Maduro, com o principal objetivo de alterar a Constituição em vigor, nomeadamente os aspetos relacionados com as garantias de defesa e segurança da nação, entre outros pontos.

A oposição venezuelana acusa o Presidente de pretender usar a reforma para instaurar no país um regime cubano e perseguir, deter e calar as vozes dissidentes.

Pelo menos dez pessoas morreram no domingo em protestos contra a eleição da Assembleia Constituinte.

Na segunda-feira, a procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Diaz, informou que 121 pessoas perderam a vida e 1.958 ficaram feridas desde 01 de abril, quando começaram os protestos contra o Governo de Maduro.