O apelo de Julio Borges, aos microfones da Union Radio, foi feito um dia depois do Presidente Nicolás Maduro pedir aos venezuelanos que elejam uma Assembleia Nacional Constituinte, para, justificou, preservar a paz e a estabilidade da República, incluindo um novo sistema económico, segurança, diplomacia e identidade cultural.

Para Julio Borges, a ideia da criação de uma Assembleia Constituinte representa uma tentativa de golpe de estado e condicionar a convocação de eleições no país e “aniquilar” a democracia, razões pelas quais, defendeu, os venezuelanos devem declarar-se em rebelião popular.

“Não há nada mais violento que ver um Presidente assinando um decreto para matar a Constituição”, disse.

Julio Borges, que é também líder do partido Primeiro Justiça, defendeu, nas declarações à Union Radio, que para evitar o “aniquilamento da democracia” tem que “haver uma condenação muito forte do país inteiro e da comunidade internacional”.

“A Venezuela está num momento em que ou é branco ou é preto”, acrescentando que a proposta de Nicolás Maduro “não é uma constituinte: é simplesmente aprofundar de maneira grosseira um golpe de Estado na Venezuela”.