O Supremo Tribunal de Justiça venezuelano deu indicações à polícia para deter Leopoldo López, por este ter violado os termos da sua prisão domiciliária.

"O tribunal entrega um mandado de prisão ao Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano (Sebin) contra o cidadão Leopoldo López", afirma o SCJ num comunicado.

Leopoldo López foi libertado por militares na terça-feira, em Caracas, onde cumpria uma pena de quase 14 anos de prisão domiciliária. A libertação surgiu na sequência de “um indulto presidencial” de Juan Guaidó, autoproclamado Presidente interino da Venezuela que já foi reconhecido por mais de cinquenta países.

Leopoldo López apareceu no exterior de uma base militar em Caracas com o líder da oposição, Juan Guaidó, que instou os militares a derrubarem Nicolás Maduro.

Ao final do dia, Leopoldo López e a sua família entraram na embaixada chilena e mais tarde seguiram para a embaixada espanhola na Venezuela, situação confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol.

O autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou esta terça-feira que os militares deram “finalmente de vez o passo” para o acompanhar e conseguir "o fim definitivo da usurpação” do Governo do Presidente Nicolás Maduro.

"O 1 de maio, o fim definitivo de usurpação começou hoje", disse Guaidó num vídeo publicado na sua conta na rede social Twitter, no qual está acompanhado por um grupo de soldados na base de La Carlota, a leste de Caracas.

O regime de Maduro, que tem o apoio da Rússia, além de Cuba, Irão, Turquia e alguns outros países, ripostou considerando que estava em curso uma tentativa de golpe de Estado e não houve progressos na situação, aparentemente dominada pelo regime.

(Notícia atualizada às 20h02)