O vice-presidente do PS/Açores começou por destacar que "há um tendência de decréscimo da abstenção e, consequentemente, um aumento da participação eleitoral dos eleitores nos Açores".

Sobre o resultado das projeções, referiu que "está tudo em aberto". "Há, no âmbito dos resultados, uma tendência de liderança por parte da coligação. No entanto, havendo uma avaliação mais pormenorizada de todos os indicadores, é possível perceber que está tudo em aberto, já que houve uma centralização da recolha da informação da sondagem nas ilhas de São Miguel e da Terceira, deixando sem recolha de informação as restantes ilhas, o que para o partido é um dado muito relevante".

"Resta-nos aguardar serenamente aquela que é a principal sondagem desta noite, que é o resultado final que decorrerá da contade dos eleitores e, portanto, com a perspetiva de que neste momento e esta hora ainda está tudo em aberto", concluiu Berto Messias, numa unidade hoteleira em Ponta Delgada, onde está o quartel-general do PS/Açores nesta noite eleitoral.

O também diretor da campanha do PS/Açores, na resposta a questões de jornalistas, referiu, no caso dos designados pequenos partidos, que “há possibilidade de não eleição de deputados”, realçando que a sondagem não é clara quanto a uma “maioria consolidada por parte da coligação”.

“Os números são muito claros, não vou estar aqui a ser hipócrita dizer que aquilo que está nesta sondagem é, tendencialmente, positivo para o PS”, adiantou.

Contudo, explicou que se se avaliar “quer os intervalos que estão definidos, quer aquilo que é referido relativamente aos partidos mais pequenos, quer até também os intervalos da coligação” e o facto de existirem “outras ilhas que têm influência direta e relevante neste resultado”, está “tudo em aberto”.

Questionado com o facto de a projeção ter sido recebida com grande deceção na sala, onde estavam cerca de 30 pessoas, o diretor de campanha contrapôs com serenidade.

O dirigente socialista saudou ainda os eleitores que “exerceram o seu direito e o seu dever cívico de votar”.

“Ao longo do dia, fomos tendo relatos de normalidade em todas as mesas e assembleias de voto em toda a nossa região e, em nome do PS/Açores, fica aqui uma saudação e um reconhecimento público à forma ordeira e até participativa como decorreu este ato eleitoral”, adiantou

Berto Messias destacou também a “tendência de decréscimo da abstenção e, consequentemente, um aumento da participação eleitoral”.

A coligação PSD/CDS/PPM, que governa atualmente nos Açores, vence hoje as eleições legislativas regionais, obtendo entre 40% e 45%, com margem para maioria absoluta, segundo a projeção à boca das urnas realizada pela Universidade Católica para a RTP.

Com esta percentagem, a coligação PSD/CDS/PPM pode eleger entre 25 e 31 dos 57 deputados do parlamento dos Açores, sendo necessários 29 mandatos para uma maioria absoluta, segundo a projeção divulgada pela RTP cerca das 19:00 nos Açores (20:00 em Lisboa).

O PS fica entre 32% e 37% dos votos, elegendo 19 a 25 deputados, e o Chega obtém entre 8% e 11% dos votos e pode eleger quatro a oito deputados.