“O presente crescimento [do aeroporto de Lisboa] é tão grande, o que é tão benéfico para o país, bom para turismo, emprego e negócios, e nosso objetivo é investir na capacidade para o futuro próximo e é por isso que vamos fazer a proposta de estender o aeroporto”, disse Nicolas Notebaert, explicando que a proposta para um aeroporto complementar ao de Lisboa na base aérea do Montijo será feita pela ANA até ao fim do verão.

De acordo com memorando de entendimento assinado em meados de fevereiro, a ANA - Aeroportos de Portugal, gerida pela Vinci Airports, tem seis meses para apresentar ao Governo uma proposta para um aeroporto complementar ao de Lisboa na base aérea do Montijo.

Nicolas Notebaert, que falou à margem da 5.ª Conferência Franco-Portugaise, em Lisboa, afirmou também que está a ser trabalhado o crescimento do Aeroporto Sá Carneiro, no Porto.

A ANA, responsável aeroportos de Portugal, é desde 2012 gerida pelo grupo francês Vinci. O grupo tem também uma participação na Lusoponte, concessionária das pontes sobre o rio Tejo, em Lisboa.

O tráfego nos aeroportos portugueses cresceu 14,2% em 2016, na comparação homóloga, para 44,477 milhões de passageiros.

O aeroporto complementar ao de Lisboa deverá estar vocacionado principalmente para as 'low cost' (companhias de baixo custo) e para serviços de médio custo, segundo disse o Ministério do Planeamento e Infraestruturas à agência Lusa.

Entre as várias companhias ouvidas pela agência Lusa, a TAP já descartou sair do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, enquanto outras adiam uma decisão, mas afirmam a necessidade de ficar acautelado o crescimento de movimentos na capital portuguesa.

Pelas 'low-cost', a easyJet considerou que a solução apresentada irá "beneficiar todos os operadores, pois permitirá que o tráfego continue a crescer", enquanto a Ryanair afirmou "apoiar o desenvolvimento do aeroporto do Montijo como aeroporto independente, secundário e ‘low cost’ (baixo custo) para Lisboa, de modo a concorrer com a Portela".