A apresentação do GAVAC decorreu na Câmara de Vila Verde, na presença da autarca local, Júlia Fernandes (PSD), que é também vice-presidente da Comunidade Intermunicipal do Cávado (CIM Cávado), e dos presidentes das câmaras de Amares, Manuel Moreira (PSD), e de Terras de Bouro, Manuel Tibo (PSD).

Em comunicado enviado à agência Lusa, o município de Vila Verde revela que nos três concelhos - que albergam uma população de cerca de 75 mil habitantes - “nos últimos quatro anos, foram identificados e acompanhados 180 casos de violência doméstica, afetando sobretudo mulheres, idosos e crianças”.

“A prioridade é proteger as nossas populações. O nosso objetivo é assegurar os recursos técnicos e financeiros necessários para que os serviços estejam prontos a amparar, proteger e encontrar estratégias de apoio às vítimas de violência doméstica”, afirmou a presidente da Câmara de Vila Verde, Júlia Fernandes, citada no comunicado.

Segundo a autarca, “prevenção, proteção e proximidade” são as três palavras-chave que marcam o projeto agora lançado, assumindo ser “uma resposta a uma emergência social, beneficiando de um trabalho em rede, fundamental para enfrentar situações vulneráveis que infelizmente vêm surgindo”.

“Gostava muito que não precisássemos deste gabinete, mas este não é o Mundo ideal. A nossa missão é proteger as pessoas mais vulneráveis. Não vamos deixar estas pessoas sem retaguarda”, acrescentou Júlia Fernandes.

A presidente do município de Vila Verde lembrou o trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2016, com os projetos ‘Chega’, ‘Chega+’ e ‘Aurora’, que agora deram lugar ao ‘Envolver’ – dinamizado também com apoio da Associação de Municípios do Cávado.

Os autarcas Manuel Moreira, de Amares, e Manuel Tibo, de Terras de Bouro, reiteraram, por seu lado, a “determinação” dos três municípios para contrariar “um problema que não se pode aceitar, nem compreender, mas que existe e tem de ser combatido”.

A responsabilidade do plano de intervenção intermunicipal para a violência doméstica hoje apresentado é assumida pela associação de solidariedade e promoção social SOPRO e pelos serviços de ação social das três autarquias.

Joana Miranda, da associação Sopro, explicou que o funcionamento do plano de intervenção intermunicipal para a violência doméstica, no âmbito do projeto apoiado pelo programa operacional Inclusão Social e Emprego (POSEI), visa desenvolver a capacidade de resposta dos serviços de ação social.

Na sessão de apresentação do Gabinete de Apoio à Vítima do Alto Cávado, foi ainda dado a conhecer o Guia - Voluntariado de Emergência Social (VES), que envolve os municípios de Vila Verde, de Braga, de Esposende, de Guimarães e de Amarante.

O município de vila Verde explica no comunicado que este guia surge como “um documento de orientação para um eficaz apoio no terreno a autoridades ligadas à proteção civil e assistência social e médica”.

“Financiado pelo Portugal Inovação Social através do Fundo Social Europeu (FSE) e integrado no POISE, o Projeto VES é uma iniciativa implementada pela associação Pista Mágica. Constitui uma ferramenta fundamental de apoio às equipas técnicas municipais responsáveis pela gestão de voluntariado e como uma resposta para uma maior articulação e organização do voluntariado em situações de crise social”, refere a autarquia.