Em comunicado, a PSG – Segurança Privada, S.A. diz que teve conhecimento do caso através das imagens divulgadas nas redes sociais e em órgãos de comunicação social e garante que “os responsáveis serão punidos de forma exemplar, de acordo com a gravidade do comportamento”.

O episódio das agressões tornou-se público depois de ter começado a circular nas redes sociais um vídeo onde é possível ver alegados seguranças do clube noturno a agredirem violentamente dois homens, que aparentemente estavam indefesos e não demonstravam qualquer resistência.

“A PSG lamenta profundamente o sucedido e apresenta desde já desculpa aos visados, garantindo que irá desenvolver todos os esforços para seguir a sua missão de proteger e transmitir confiança àqueles a quem assegura a sua segurança”, escreve a empresa, acrescentando que “tudo fará para continuar a merecer a confiança dos seus clientes e do público em geral”.

Na sequência deste episódio e das 38 queixas já apresentadas este ano à PSP sobre a Urban Beach, o Ministério da Administração Interna (MAI) ordenou o encerramento deste estabelecimento de diversão noturna na madrugada de hoje.

"A decisão foi tomada após audição do presidente da Câmara Municipal de Lisboa", acrescentou o MAI, em comunicado.

Em declarações à Lusa ao início da manhã, o administrador do Urban Beach, Paulo Dâmaso, lamentou o encerramento do espaço, afirmando: "Costuma dizer-se que a justiça mais vale ser feita na praça pública e desta vez resultou. Toda a pressão mediática levou a isto".

Numa nota emitida na madrugada de hoje, ainda antes do encerramento da Urban Beach, Paulo Dâmaso repudiou a agressão dos dois jovens junto às instalações da discoteca, na madrugada de quarta-feira, e disse que se tratou de um problema de segurança na via pública.

No comunicado, a Urban Beach manifesta-se disponível para colaborar nas investigações.

Paulo Dâmaso acrescenta na nota que já entregou o caso aos advogados da Urban Beach, para acionarem “todos os mecanismos legais contra os responsáveis pela ocorrência”, e defendeu que os seguranças – que agrediram os jovens – são da exclusiva responsabilidade da empresa PSG.

Disse ainda que discoteca já tinha contactado a empresa PSG, exigindo a suspensão imediata dos seguranças envolvidos no caso e a instauração de processos disciplinares.

Entretanto, o Ministério Público abriu um inquérito sobre as agressões, investigação que decorre em articulação com a PSP.