António Costa falava no encerramento do evento "Road 2 Web Summit", numa sessão que juntou no Beato, em antigas instalações da Manutenção Militar, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, os secretários de Estado da Indústria, João Vasconcelos, e da Ciência, Maria Fernanda Rolo, e o presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave.

Após uma breve apresentação das 66 ‘startup’ portuguesas que vão participar na Web Summit, que se realizará em Lisboa entre 7 e 10 de novembro, António Costa defendeu como prioridade o apoio intensivo a projetos de inovação tecnológica como forma de Portugal se inserir e competir no mercado global.

"Temos já em curso uma estratégia e hoje, pelas 14:30, abriu o concurso para os ‘vouchers startup' - iniciativa que visa financiar durante um ano um projeto empresarial até ser colocado no mercado. Está também aberto o programa de incubação de ‘startup’, dando-lhes condições ao seu desenvolvimento", começou por apontar António Costa.

Em matéria de programas de financiamento, o primeiro-ministro disse que já foram abertas duas linhas no valor global de 126 milhões de euros.

"Visam alavancar um investimento global superior a 300 milhões de euros. São as duas maiores linhas algumas vez abertas de financiamento para criar ‘startups’ em Portugal", declarou.

Ainda na explicação sobre os objetivos da linha programática do Governo na área das novas tecnologias, António Costa referiu que, em breve, em outubro, ‘startups’ portuguesas vão integrar uma missão empresarial no Brasil (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte) e estarão presentes em Macau, no mês seguinte, em novembro, no Fórum Empresarial da Lusofonia.

Já sobre a "Web Summit 2016", em Lisboa, o primeiro-ministro classificou o evento como "uma alavanca fundamental para uma estratégia que tem de mobilizar e contagiar o conjunto do país".

"O Web Summit é um evento muito importante, porque é uma referência e é uma forma de afirmar o país de um modo diferente da sua imagem tradicional. Sabe-se que somos um grande destino turístico, um grande produtor de sapatos, de azeite, de vinho e de têxteis, mas temos de ter também o perfil de sermos bons na indústria automóvel ou na indústria aeronáutica, e temos hoje uma multiplicidade de empresas nas áreas das novas tecnologias e da inovação", defendeu.

Na sua intervenção, o primeiro-ministro advogou ainda que a Web Summit é "uma oportunidade única para mostrar o país ao exterior e para cada uma das nossas empresas construir uma rede global".

"Estamos numa era em que o nosso mercado não são os 10 milhões residentes em território nacional, mas sim o mercado global. A era digital oferece-nos hoje essa possibilidade, que tem de ser agarrada", acrescentou o líder do executivo.