“Libertamos o norte do nosso país. Estamos a libertar a região de Kharkiv, estamos a libertar todo o leste e é claro que vamos conseguir. Vamos devolver a bandeira ucraniana a todas as nossas cidades”, realçou esta sexta-feira Zelensky, referindo-se em especial às cidades do sul, incluindo a Crimeia.

O governante ucraniano discursou esta sexta-feira, por ocasião do Dia dos Defensores, destacando também que é responsabilidade do Estado libertar todos os cidadãos ucranianos que estão em cativeiro russo ou que foram “deportados à força”.

Zelensky alertou que ambas as tarefas são verdadeiramente complicadas, mas manifestou a sua confiança de que o Exército fará a sua parte e que o objetivo será alcançado se a população ucraniana permanecer unida.

O chefe de Estado ucraniano enalteceu também o espírito combativo da população , mencionando as diferentes lutas que diferentes gerações têm enfrentado ao longo da história, desde os primeiros confrontos contra a Rússia.

“Esta é a glória de quem liberta e não escraviza. Esta é a glória de quem conduz à paz e não a destrói. Esta é a glória de quem luta, luta pela liberdade de tal forma que se tornam lendas mesmo durante a sua vida”, acrescentou, citado pela a agência de notícias Ukrinform.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.221 civis mortos e 9.371 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.