“Para um jovem jogador, como eu, o Dortmund é a melhor opção para continuar a evoluir”, disse Isak, de apenas 17 anos, à chegada à Alemanha para representar o adversário do Benfica nos oitavos de final da Liga dos Campeões.

Isak repetiu quase literalmente as palavras de Dembélé quando assinou contrato com o Borussia, aos 19 anos, e o avançado francês necessitou de apenas alguns meses para se afirmar na equipa germânica e despertar a cobiça de outros grandes clubes da Europa.

Não foi o salário que motivou a escolha do jogador sueco, visto como o sucessor natural do compatriota Zlatan Ibrahimovic. Isak recusou transferir-se para o Real Madrid e preferiu a perspetiva de um futuro risonho que o Borussia oferece a um futebolista ainda com idade júnior.

Para a atratividade do clube de Dortmund contribuem também o entusiasmo e as características do sistema de jogo adotado pelo treinador Thomas Tuchel, assente num futebol de pressão constante sobre o adversário, na rapidez e na adaptação às qualidades individuais dos jogadores.

Entre as 16 equipas qualificadas para ‘oitavos’ da Liga dos Campeões, entre as quais está, além do Benfica, o FC Porto, o Borussia foi a segunda com um quadro de jogadores mais jovem, com a média etária de 25 anos, apenas atrás dos compatriotas do Bayer Leverkusen (24,73).

Ao contrário dos (ainda) maiores colossos, como o Bayern Munique, FC Barcelona e Real Madrid, o Dortmund não gasta largas dezenas de milhões de euros na contratação de ‘estrelas’ já firmadas, como o avançado português Cristiano Ronaldo, melhor futebolista mundial em 2016.

As transferências de Schürrle, por 30 milhões de euros, e de Mkhitaryan, por 26, foram as exceções no passado recente àquela política de contratações, que se tornou em uma das imagens de marca do clube e foi ‘imprimida’ pelo antigo treinador Jürgen Klopp, atual técnico do Liverpool.