Os campeões nacionais reencontraram-se com as goleadas que marcaram a segunda metade da última época e o arranque da presente temporada graças aos golos de André Almeida (17), Rúben Dias (47) e Vinicius (63 e 65), naquela que foi a (inspirada) estreia do avançado brasileiro a titular no campeonato.

A noite na Luz assentava bem à fase mais recente da equipa de Bruno Lage: cinzenta e pouco convidativa a sair de casa. No entanto, o treinador apostou em cinco mudanças no onze que bateu (1-0) o Tondela na ronda anterior e saiu, inequivocamente, a ganhar. Jardel, Samaris, Gedson, Chiquinho e Vinícius saltaram para a titularidade e, sobretudo, a nova dupla ofensiva deu provas de merecer mais oportunidades.

Do outro lado, o Portimonense apresentava-se na Luz com duas novidades - Koki Anzai e Yuri - e a ambição de provocar uma surpresa. Contudo, os ‘encarnados’ mostraram desde cedo vontade de limpar a imagem e, logo no primeiro minuto, Jadson teve de fazer um corte providencial para evitar que Vinicius se isolasse diante do guarda-redes Ricardo Ferreira.

A resposta algarvia podia ter sido fulminante para o Benfica, mas Vlachodimos foi decisivo ao negar aos 11 minutos o golo a Koki Anzai. De quase sofrer a marcar passaram-se somente seis minutos, com André Almeida a assinar de cabeça o 1-0, aos 17, depois de um primeiro toque de Gabriel, na sequência de um pontapé de canto.

Embora o jogo tivesse sido algo dividido nos minutos iniciais, o Benfica impôs progressivamente o seu domínio, fruto de uma maior fluidez ofensiva e do aumento da capacidade de pressão e reação à perda de bola, com Gabriel e Samaris a darem outro ‘músculo' ao meio-campo. Apesar dessa superioridade, faltavam clareza e qualidade no último passe para consagrar outra expressão no resultado ao intervalo.

No segundo tempo, o Benfica recuperou a eficácia e logo aos 47 minutos ‘arrumou' com a discussão do encontro. Rúben Dias foi à área adversária para desviar um cruzamento de Grimaldo - novamente no seguimento um pontapé de canto, tal como havia marcado antes e em Tondela - e anotou o 2-0 diante de um Portimonense sem argumentos.

Com o triunfo seguro e a festa já consumada do empate do rival portista na Madeira, o Benfica embalou para uma fase de maior fulgor, na qual Vinicius assumiu o estrelato, com um bis entre os 63 e os 65 minutos: o primeiro numa grande arrancada desde o meio-campo, em que se livrou de Jadson e de Ricardo Ferreira, e o segundo após um contra-ataque perfeito e uma assistência de Chiquinho.

Os adeptos ainda chegaram a pedir o quinto golo, mas Bruno Lage já iniciara então a preparação do jogo de sábado com o Rio Ave e geriu o resultado e o desgaste de algumas unidades, lançando Seferovic, Pizzi e Jota para a reta final. Nada que mudasse o rumo da história, num jogo onde nem tudo foi perfeito para os ‘encarnados’, mas no qual mostraram melhorias e souberam ser felizes.

(Artigo atualizado às 22:32)