“É uma curta-metragem que pretende transmitir à sociedade a ideia de que a cadeira de rodas não pode ser uma condicionante para alcançarmos os nossos sonhos”, explica o protagonista à agência Lusa.

Em cerca de oito minutos, o filme realizado por João Rito e Ricardo Bravo, conta na primeira pessoa a história de Nuno Vitorino, desde o dia em que, há 22 anos, sofreu um acidente que o deixou tetraplégico.

“Metade da curta é sobre a minha história, a outra metade é sobre superação, tendo como base o surf”, afirma o antigo atleta, que depois de vários anos na natação adaptada criou a Associação Portuguesa de Surf Adaptado (Surf Addict), que pretende proporcionar a prática de modalidade a pessoas com deficiência.

Nuno Vitorino, de 40 anos, é o narrador e protagonista da história, produzida em três meses, e para a qual foram ouvidas várias pessoas que lhe são próximas.

O protagonista afirma que já tinha tido algumas abordagens para contar a sua história em filme, mas garante: “Nunca tinha sentido uma ligação emocional para contar a minha história. Este projeto fez-me senti-la”.

Nuno Vitorino, que quer transmitir a mensagem de que “mesmo nas fases negras da vida existe sempre esperança”, ficou tetraplégico aos 18 anos, após ter sido atingido com um tiro disparado acidentalmente por um amigo que manuseava uma arma de fogo.

Ricardo Bravo, que realizou o filme juntamente com João Rito, considera que a história “revela muito mais do que um ‘coitadinho’ na cadeira de rodas”.

“Este foi um projeto que exigiu grande esforço da nossa parte”, conta Ricardo Bravo, mostrando-se bastante satisfeito com o facto de a curta-metragem estrear no Surf at Lisbon Film Fest (SAL), que decorre até domingo, no cinema São Jorge, em Lisboa,

O realizado admite que o Surf Summit “é sempre uma boa montra para estas produções”.

No domingo, a ‘curta’ Uma Vida Melhor vai ser apresentada na Surf Summit, que decorre na Ericeira, e que está incluída no programa da Web Summit, a maior conferência global de tecnologia, que decorre de 6 a 9 de novembro, em Lisboa.

No futuro, a equipa de produção e o protagonista tencionam, segundo Ricardo Bravo, “planear projeções privadas, algumas das quais fora de Lisboa”.

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