O surfista luso foi segundo na 10ª ronda das repescagens, com 11,67 pontos, atrás do japonês Shun Murakami, com 14,13, e à frente do indonésio Rio Waida, com 11,64, para, depois, ser afastado na 11.ª e penúltima eliminatória.

‘Kikas’, de 27 anos, foi, então, terceiro classificado, com 12,53 pontos, sendo batido pelo marroquino Ramzi Boukhiam (13,64) e por Murakami (12,57), com o neozelandês Billy Staimand em quarto (11,17).

Mourakami acabaria por ser quarto na final (11,74 pontos), conquistada pelo brasileiro Ítalo Ferreira (17,77), que bateu também o norte-americano Kolohe Andino, segundo (17,07), e o seu compatriota Gabriel Medina, terceiro (14,53).

“Claro que o principal objetivo era o acesso aos Jogos Olímpicos, mas tinha na cabeça o que queria atingir e onde queria chegar. Infelizmente, não consegui alcançar a final, mas sinto-me ‘super’ feliz com o feito alcançado e mais otimista e preparado para o resto da temporada”, disse à sua assessoria de imprensa.

O surfista luso recebeu, desde sábado, muitas mensagens de parabéns pelo feito conquistado, e vai tendo “alguma noção do impacto deste feito em Portugal”.

“É ótimo saber que estamos a fazer um bom trabalho para o surf português e para o desporto em geral. Com esta qualificação olímpica, quis alimentar os sonhos das nossas crianças e mostrar que com trabalho, esforço e dedicação, tudo é possível”, frisou Frederico Morais.

O resultado histórico do surfista foi também salientado pelo selecionador luso, David Raimundo, que o definiu com o “momento mais alto” que teve no cargo.

“Já conquistámos dois Europeus e três segundos lugares consecutivos em Mundiais, mas conseguir o lugar olímpico é um sonho para mim e para todos nós. É evidente que queríamos já garantir a vaga masculina e a feminina, mas conseguir este feito no Mundial mais difícil, mais participado e competitivo de sempre é muito gratificante”, frisou o técnico nacional.

O presidente da Federação Portuguesa de Surf, João Aranha, mostrou-se igualmente muito satisfeito com a conquista de uma vaga nos Jogos Olímpicos.

“Não sabemos o que vai acontecer, além do aumento dos programas olímpicos, mas a verdade é que entrámos na elite das elites. O torneio de surf olímpico vai ter 20 atletas e Portugal, para já, vai ter um deles. É um marco na história do surf nacional e mundial”, disse o líder federativo.