O técnico, de 64 anos, celebrou a sua quarta qualificação, depois de África do Sul (2002), que não orientou na fase final, Portugal (2010) e Irão (2014 e 2018), envergando uma camisola com o número ‘4’.
“O número 4, para mim, significa uma quarta qualificação para um campeonato do mundo. Só um treinador na história o conseguiu, [Walter] Winterbottom, sempre com Inglaterra, mas nenhum treinador o alcançou com seleções diferentes”, frisou Queiroz, recordando que Óscar Tabarez também pode assegurar uma quarta presença, no comando do Uruguai.
O Irão tornou-se na terceira seleção com presença assegurada no Mundial2018, depois do Brasil e da anfitriã Rússia, ao assegurar um dos dois primeiros lugares da ‘poule’ de qualificação asiática, ao vencer o Uzbequistão, por 2-0. Sardar Azmoun, aos 23 minutos, e Medhi Taremi, aos 88, assinaram os tentos da formação iraniana, enquanto Masoud Shojaei ainda desperdiçou uma grande penalidade, aos 50.
“Não era um jogo fácil, mas foi uma boa exibição da nossa parte. Jogámos contra uma grande equipa, com bons jogadores. Há quem tente passar a ideia que esta qualificação foi fácil, mas o que alcançámos foi graças ao nosso trabalho e ao sacrifício destes jogadores. Só há duas palavras para definir o desempenho dos nossos jogadores nesta qualificação: comprometimento e dedicação. Fizeram muitos sacrifícios pela equipa nacional, referiu.
O treinador português agradeceu aos jogadores, à família e aos seus próximos, destacando a oportunidade de ter alcançado o feito histórico: “É um grande privilégio poder desfrutar deste momento no Irão. A minha vida é o futebol, dou tudo ao futebol, muitas vezes em sacrifício da minha vida e da vida daqueles que me amam, mas enquanto tiver saúde e esta paixão pelo jogo, e pelo treino, creio que vou andar por aqui”.
Em declarações reproduzidas pela sua assessoria de imprensa, Queiroz apontou já ao futuro, nomeadamente à fase final do Mundial2018, que vai ser disputada entre 14 de junho e 15 de julho, na Rússia.
“A partir de amanhã temos de colocar em marcha a melhor preparação possível para o Mundial. Esperemos que, depois de duas qualificações consecutivas para Mundiais, o Irão não perca uma oportunidade histórica de assegurar o futuro do seu futebol. A paixão está cá, o talento também, esperamos que aqueles que têm responsabilidades possam dar o impulso decisivo”, frisou.
Aproveitou ainda para reivindicar melhores condições para a seleção iraniana: “Desde a qualificação para o Mundial2014 que ouvimos muitas promessas. Não temos apoio financeiro, não temos um relvado para treinar, portanto peço-vos que não perguntem o que esta equipa pode fazer pelo país, isso está à vista, perguntem antes o que os responsáveis podem fazer por esta equipa”.
A duas jornadas do fim, o Irão soma 20 pontos em oito jogos, mais sete do que a Coreia do Sul, que visita o Qatar na terça-feira, e mais oito do que o adversário de hoje.
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