Estas são algumas decisões equivocadas dos árbitros que entraram na história dos mundiais de futebol:

A mão de Deus

22 de junho de 1986, na Cidade do México, durante o jogo dos quartos de final da Mundial entre Argentina e Inglaterra. Os sul-americanos venceram por 2 - 1.

Aos seis minutos do segundo tempo, Diego Maradona se aproveita de um ressalto alto e disputa a jogada com o guarda-redes. O camisa 10 não hesita e toca com a mão por cima de Peter Shilton. Nem o árbitro tunisiano Ali Bennaceur nem o bandeirinha reparam no toque irregular e validaram o golo.

"Marquei esse golo um pouco com a cabeça e um pouco com a mão de Deus", comentou Maradona, que minutos depois marcou um golaço após driblar quase toda a seleção inglesa.

Com o VAR, o golo provavelmente seria anulado e Maradona receberia cartão amarelo.

Agressão de Schumacher

8 de julho de 1982, em Sevilha, pelas semifinais entre Alemanha e França. Os alemães venceram nos penaltis por 5 a 4, após empate em 3 a 3.

Com o placard a marcar 1 a 1 aos 12 minutos do segundo tempo, o francês Patrick Battiston é lançado em profundidade por Michel Platini. Sem se preocupar com a bola, o guarda-redes alemão Harald Schumacher sai com extrema violência e golpeia o francês, que perdeu três dentes, ficou inconsciente por alguns instantes e foi retirado de campo de maca. O árbitro inglês Charles Corver indicou apenas tiro de meta.

Com o VAR, o árbitro provavelmente marcaria penalti para França e daria cartão vermelho para Schumacher.

Rodada obscura de 2010

27 de junho de 2010, em Bloemfontein, durante os oitavos de final entre Alemanha e Inglaterra. Os alemães venceram por 4 a 1. No mesmo dia, Argentina e México enfrentaram-se com vitória dos argentinos por 3 a 1.

A rodada foi sombria para a arbitragem. No duelo europeu, o árbitro uruguaio Jorge Larrionda não validou um golo inglês depois dum remate de Frank Lampard ir à barra e tocou na linha de golo. Com a jogada, os ingleses poderiam empatar em 2 a 2 mas acabaram goleados.

O VAR não teria tido influência no caso, que teria de apelar para a ajuda da tecnologia da linha do golo, adotada na Mundial2014, no Brasil.

Já no duelo americano, Carlos Tevez recebeu em fora-de-jogo e chegou a abanar as redes após passe de Lionel Messi. O golo foi validado, apesar de os ecrãs repetirem o lance em câmara lenta.

Com o VAR, Tevez provavelmente teria o golo anulado.

Três cartões amarelos

22 de junho de 2006, em Estugarda, durante empate em 2 a 2 entre Croácia e Austrália pela fase de grupos.

O defesa-central croata Josip Simunic recebe três cartões amarelos num mesmo jogo pelo árbitro inglês Graham Poll, que tentou justificar o erro atribuindo-o ao sotaque de Simunic, nascido e criado na Austrália. Num dos cartões, atribuiu ao "número 3 da Austrália".

Para Poll, assim como para Croácia e Austrália, a Mundial terminou em Estugarda.