1995

A Dinamarca conquista nova prova internacional

A vitória da selecção dinamarquesa no Campeonato da Europa de 1992 continua a ser uma das maiores surpresas da história do futebol mundial. Três anos depois do feito inesquecível, os comandados de Richard Møller Nielsen passaram de revelação a confirmação, ao triunfarem na segunda edição da Taça das Confederações, ainda disputada na Arábia Saudita, sob a denominação de King Fahd Cup.

Tudo começou com um golo fantástico de Brian Laudrup diante da equipa anfitriã, ilustrativo de toda a sua maestria técnica. Após derrotarem os sauditas, eliminaram o México, trilhando um percurso até à final contra a Argentina. Os golos de Michael Laudrup e Peter Rasmussen construíram o 2-0 a favor dos dinamarqueses. Há quem diga que esta partida deu o mote para a maldição argentina das finais perdidas. Quanto a isso não sabemos, mas o jogo colocou certamente Dinamarca no topo do futebol mundial.

1997

Duplo hat-trick na final

A primeira Taça das Confederações a merecer o selo oficial da FIFA foi erguida pela selecção brasileira, com pompa e circunstância. No jogo decisivo diante da Austrália, os campeões do mundo em título conseguiram explanar todo o seu potencial ofensivo, num autêntico recital que quando terminou, o marcador estava em 6-0.

Ronaldo e Romário, os avançados designados para colocar a bola no fundo das redes, apontaram três golos cada um, proeza digna de registo, mesmo para esta fabulosa parelha. Os prémios individuais também acabaram quase todos nas mãos dos campeões. Denílson foi eleito o melhor jogador da prova, ao passo que Romário juntou a Bola de Prata ao título de melhor marcador, com sete remates certeiros em cinco encontros disputados.

1999

O triunfo inesperado dos mexicanos em casa

Jogar na condição de visitado constitui quase sempre uma vantagem inestimável. Ainda assim, ninguém esperava que o México fosse capaz de vencer uma Taça das Confederações onde estavam presentes as selecções brasileira e alemã, por exemplo. Evitaram as duas principais ameaças na Fase de Grupos, por capricho do sorteio, e saíram líderes do agrupamento. Derrubaram os rivais norte-americanos nas meias-finais, ganhando o direito de defrontar o Brasil na grande final.

Eram 110 mil espectadores nas bancadas do Estádio Azteca, uma moldura humana apropriada, tendo em consideração o espectáculo que se desenrolou no relvado. No embate entre Cuauhtémoc Blanco e Ronaldinho Gaúcho, foi mesmo o mexicano quem levou a melhor, por 4-3.

2009

A campanha impressionante dos norte-americanos

Após um par de derrotas infligidas pela Itália e Brasil na Fase de Grupos, a selecção norte-americana parecia ter o seu destino traçado. Porém, uma combinação de resultados favorável, fomentada pelo triunfo inesperado do Egipto sobre a equipa italiana, devolveu a esperança aos homens de Bob Bradley.

Para seguir em frente, era preciso obter um resultado volumoso diante do conjunto egípcio na derradeira jornada. 3-0 acabaria por se revelar suficiente. À sua espera nas meias-finais estava a selecção espanhola, campeã europeia em título, e dona de um recorde de invencibilidade que já tinha chegado aos 35 encontros consecutivos. E foram mesmo os norte-americanos os responsáveis inesperados por interromper este ciclo incrível, com uma vitória ainda mais espantosa por 2-0. A surpresa ganhou novos contornos na final, quando os Estados Unidos chegaram ao intervalo a vencer o Brasil por 2-0, e o choque só ficou a meio caminho porque Lúcio e Luís Fabiano (bis) deram a volta no segundo tempo.

2013

Dez a zero

O que acontece quando a selecção líder do ranking FIFA defronta o 135.º classificado? O resultado mais desnivelado da história da Taça das Confederações. Foi exactamente isso que aconteceu no Maracanã, no jogo que colocou frente-a-frente a equipa espanhola, campeã da Europa e do Mundo, e a desconhecida selecção do Tahiti. Uma goleada que chegou aos dois dígitos.

Os minutos 5’, 31’, 33’, 39’, 49’, 57’, 64’, 66’, 78’ e 89’, sinalizaram a evolução do marcador. Fernando Torres perfilou-se como o avançado mais frutífero do encontro, com quatro tentos apontados. Historicamente falando, este jogo detém igualmente o recorde de maior diferença de golos entre equipas, em todas as competições da FIFA realizadas até hoje.