Barry Bennell, que treinou clubes como Crewe Alexandra, Manchester City e Stoke City, foi acusado por oito crimes de abusos sexuais a um menor de 14 anos, informou a procuradoria de Crown, em Inglaterra, através de um comunicado.

Bennell foi investigado pela polícia de Cheshire, tendo os crimes sido alegadamente cometidos entre 1981 e 1985.

No comunicado, a procuradoria de Crown esclareceu que recebeu, a 27 de setembro, documentação com as provas da polícia de Cheshire e "na sequência da revisão do material (...), Bennell, de 62 anos, foi hoje formalmente acusado de oito crimes de ofensa sexual a um rapaz menor, de 14 anos”.

As denúncias a Bennell incluem cinco acusações de assédio sexual a um menor, duas acusações de incitação para cometer ato de atentado ao pudor, e outra por tentativa de agressão e submissão física do menor.

A procuradoria contenção e restrição na abordagem do caso.

“A procuradoria relembra a todos os interessados neste processo que todos os procedimentos criminais contra o Sr. Bennell vão ter agora início e este tem direito um julgamento justo. É extremamente importante que não exista nenhum relato, comentário ou partilha de informação online que possa prejudicar, de qualquer forma, estes trâmites.”

O ex-técnico de 62 anos já cumpriu três penas de prisão por abuso sexual a menores. No entanto, nas últimas semanas surgiram outros 20 jogadores a denunciar mais casos.

É esperado que o antigo treinador de futebol se apresente em tribunal a 14 de dezembro.

O presidente da Federação Inglesa, Greg Clarke, em declarações à Sky News, referiu-se ao caso como sendo a “pior crise para o futebol inglês de que tem memória”.

A federação abriu a sua própria investigação para apurar se os factos eram do conhecimento dos clubes e que medidas podiam ter sido tomadas para se ter lidado de imediato com o acaso.

"É sem dúvida a pior (crise) de que me lembro. Não sei se alguém encobriu isto ou não. Acredito que, institucionalmente, no passado, todas as organizações tentavam proteger-se com união e silêncio", concluiu Clarke.

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