O treinador português estende assim o vínculo que o ligava com o Benfica, naquela que é uma aposta da administração encarnada para continuar com o projeto que tem vindo a desenvolver com o técnico ribatejano.
A renovação foi oficializada esta sexta-feira com ambas as partes ligadas até 2019/2020, acrescentando mais dois anos ao vínculo assinado em 2015. Escreve o MaisFutebol que para além desse prolongamento contratual, as condições de Rui Vitória e dos seus colaboradores foram revistas.
Isto é algo que vai ao encontro das pretensões do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que tinha considerado que o técnico é "um grande treinador" e que tinha intenções de partir para a renovação.
No seu currículo ao serviço das águias conta com um campeonato (2015/2016), uma Taça da Liga (2015/2016) e uma Supertaça Cândido Oliveira (2015/2016).
Em outubro 2016, tornou-se o treinador do Benfica a chegar mais rapidamente à 50.ª vitória, aquele que atingiu um novo recorde de triunfos fora de casa e, à data, aquele que registava uma média de 85,7% de vitórias.
Rui Vitória tem agora pela frente o seu maior desafio que é levar os encarnados ao tetra (algo que inédito na história na Luz) e, ao mesmo tempo, conquistar a Taça de Portugal, para a qual garantiu a passagem esta quarta-feira ante o Estoril.
Rui Vitória treinou os juniores do Benfica (2004/05 e 2005/06), tendo perdido um título de campeão da categoria no último jogo para o Sporting de Paulo Bento.
Natural de Alverca do Ribatejo, Rui Carlos Pinho da Vitória, 46 anos, iniciou a carreira de treinador no Vilafranquense, na época seguinte a ter terminado a de jogador, que andou sempre longe da ribalta e dos palcos principais, no Alcochetense.
Depois da equipa de Vila Franca de Xira, o técnico teve a referida experiência na formação ‘encarnada', tendo rumado depois para o Fátima, clube que comandou durante quatro temporadas e onde se destaca a eliminação do FC Porto da Taça da Liga, em 2007/08, no desempate por grandes penalidades.
De Fátima saltou para a I Liga de futebol pela ‘mão' do Paços de Ferreira, em 2010/11, tendo alcançado um honroso sétimo lugar, a apenas um ponto da ‘Europa', logo na sua estreia.
Ainda começou a época seguinte no Paços, mas seria contratado pelo Vitória de Guimarães pouco depois.
Foi apresentado a 30 de agosto de 2011, no meio de uma grande crise financeira e desportiva: o Vitória era último classificado, tinha sido eliminado da Liga Europa e perdido a Supertaça Cândido de Oliveira para o FC Porto.
No primeiro treino, depois de ter sido apresentado à comunicação social, viu os adeptos vitorianos invadir o relvado e confrontarem-se com alguns jogadores, mas logo no primeiro encontro, em jogo atrasado da segunda jornada, venceu na Madeira o Nacional (4-1), tendo encetado uma recuperação que o levou ao sexto posto do campeonato.
Fruto das limitações financeiras dos vimaranenses, Rui Vitória teve que refazer equipas em todas as temporadas, nem sempre com os melhores resultados.
O 10.º lugar da época passada levantou dúvidas nos adeptos vitorianos, mas o quinto da que agora findou, com uma grande primeira volta, a melhor da história do Vitória, voltou a colocar o técnico debaixo dos holofotes.
Tranquilo e cauteloso no discurso, Rui Vitória tem uma figura empática, gosta de frisar a importância da restante equipa técnica e costuma afirmar que o Vitória de Guimarães o preparou para tudo.
Com o seu companheiro de sempre, Arnaldo Teixeira, que o acompanhou como adjunto no Benfica, resta saber se, com um contexto e pressão completamente diferentes, o seu ‘low profile' consegue frutificar como em Guimarães.
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