Gonçalo Inácio inaugurou o marcador, aos 47 minutos, na sequência de um canto, e Pedro Gonçalves, aos 69, fez o segundo e fechou a contagem para o Sporting, permitindo aos campeões nacionais em título prolongar a série positiva de resultados (o Sporting venceu os últimos oito jogos, incluindo todas as competições, seis contabilizando apenas jogos do campeonato).

A ‘visão’ de Jorge Simão sobre a forma de travar o Sporting passava pelo ‘onze’ pacense que empatou diante do Moreirense (1-1), na última jornada, enquanto Rúben Amorim mudou dois elementos: Porro, lesionado, foi substituído por Ricardo Esgaio, e Nuno Santos surgiu no lado esquerdo, à frente de Mateus Reis, que recuou para o lugar do central marroquino Feddal, relegado para o banco de suplentes dos ‘leões’.

Como se esperava, o Sporting assumiu a iniciativa e teve mais bola, face a um Paços que procurava acertar marcações e definir zonas de pressão.

Os locais ora tentavam condicionar a primeira fase de construção, através de uma pressão alta, ora esperavam os campeões nacionais no seu meio-campo, ainda que numa primeira fase Nuno Santos, a quem competia vigiar Palhinha ou Pedro Gonçalves, quando este baixava no terreno, se preocupasse mais com o processo defensivo.

O Paços, aliás, demorou a dividir a bola, que por duas vezes rondou com perigo a baliza do Paços: o inevitável Coates, aos cinco minutos, cabeceou num pontapé de canto para uma defesa atenta de André Ferreira, de novo chamado a mostrar serviço aos 10, num remate de Esgaio, após cruzamento de Nuno Santos da esquerda.

O Sporting procurava envolver os ‘falsos’ laterais no ataque, numa busca incessante pela exploração dos corredores, mas faltavam ‘bolas limpas’ na zona de finalização, o que acontecia também por mérito dos ‘castores’, que, aos poucos, beneficiando ainda do critério de passe de Nuno Santos, começaram a perder o respeito ao campeão nacional e a meter as garras de fora.

Os laterais Antunes e Jorge Silva subiam alternadamente, procurando superioridade no ataque e ao mesmo tempo arrastar os alas contrários, conseguindo o primeiro, carinhosamente tratado em Alvalade  por Vitorino (Antunes), incomodar a baliza de Adán, nos descontos, com um remate, na área, apenas travado na cabeça de Mateus Reis.

A segunda parte arrancou praticamente com o golo de Gonçalo Inácio, na sequência de um canto, em lance que corrobora a ideia também veiculada por Jorge Simão na antevisão ao jogo, sobre a dificuldade de se travar um Sporting que todos sabem como jogar.

Desta feita, a bola ganha por Coates não teve como destino a baliza, servindo antes de assistência para Inácio, nas costas de João Pedro, bater André Ferreira e inaugurar o marcador.

Em desvantagem, o Paços subiu linhas e com isso concedeu espaços atrás que o Sporting viria a aproveitar pouco depois, aos 69 minutos, para dilatar a vantagem.

Tabata, na primeira intervenção no jogo, recebeu um passe longo e trocou a bola na direita com Esgaio, responsável pelo centro atrasado para Pedro Gonçalves, livre de marcação e numa espécie de penálti em andamento, bater André Ferreira pela segunda vez.

A vantagem do Sporting, que foi um justo vencedor, era agora mais confortável e até podia ter sido ampliada, mas o golo de Coates (aos 76 minutos) seria anulado por indicação do vídeoárbitro. Paulinho, sempre muito acarinhado pelos adeptos, e Daniel Bragança, já nos descontos, também desperdiçaram em lances frente a André Ferreira.