João Sousa deveria ter participado hoje no encontro dos quartos de final do torneio na Catalunha, diante do espanhol Nikolas Sánchez Izquierdo, mas o desconforto sentido no duelo da segunda ronda, em que eliminou o também espanhol Alejandro Moro Canas, na quinta-feira, precipitaram o abandono prematuro.

O próprio tenista confirmou à Lusa que a desistência se deveu às “dores das costas” e também por uma questão de “precaução da lesão” que o tem afetado nos últimos anos, até porque na próxima semana entrará em ação no Estoril Open, prova que marcará o seu final de carreira, conforme anunciou em fevereiro.

Já no ano passado, Sousa, atual 278.º da hierarquia mundial, esteve praticamente dois meses afastado dos ‘courts’, entre junho e agosto, para debelar uma lesão nas costas.

O melhor tenista português de sempre no ranking mundial e único a conquistar títulos de singulares no circuito ATP completa 35 anos no sábado, mas as mazelas físicas sofridas nos últimos anos, sobretudo a fissura no pé esquerdo que o obrigou a terminar precocemente a temporada de 2019 e, mais recentemente, o sistemático problema nas costas precipitaram o final da carreira do vimaranense.

João Sousa tornou-se profissional em 2007 e, ao longo de 17 temporadas no circuito mundial de ténis, conquistou quatro títulos ATP: Kuala Lumpur, em 2013, Valência, em 2015, Estoril Open, em 2018, e Pune, em 2022.

O vimaranense ostenta vários recordes nacionais no currículo, entre os quais a melhor classificação de sempre de um luso no ranking ATP (28.º), o maior número de internacionalizações na Taça Davis (32) e também o estatuto de único português a ter disputado os quadros de singulares de duas edições de Jogos Olímpicos (Rio2016 e Tóquio2020).

O antigo número um nacional e único tenista luso a conquistar o título de singulares do Estoril Open passou oito anos ininterruptos no top 100 mundial (até março de 2021), mas viu o seu sólido percurso perturbado por uma grave lesão no pé esquerdo no final de 2019.