“Através de uma simples conta unificada, as PME [Pequenas e Médias Empresas] e empreendedores sediados em Portugal poderão listar os seus produtos em qualquer mercado europeu da Amazon e alcançar milhões de novos consumidores. Os empresários podem ainda utilizar a avançada rede de logística europeia da Amazon, através do registo no programa Fulfilment by Amazon (FBA)”, adiantou à agência Lusa fonte oficial da empresa.

Segundo explicou, as empresas portuguesas poderão vender em qualquer um dos cinco ‘websites’ europeus da Amazon, “para qualquer cliente de qualquer país do mundo”, disponibilizando ‘online’ os respetivos catálogos de produtos.

Se o pretenderem, poderão ainda aderir ao FBA, o que lhes permite enviar os seus produtos para um dos 31 centros de logística da empresa em sete países europeus, ficando a entrega das encomendas e a gestão do apoio ao cliente a cargo da Amazon. Neste caso, a comissão média cobrada pela empresa de comércio eletrónico é de 15% sobre o valor final do produto (incluindo os gastos de envio).

“Ao facilitar às empresas portuguesas o acesso ao mercado da Amazon é nosso objetivo apoiá-las no crescimento dos seus negócios ao conectá-las com clientes internacionais. Queremos apoiá-los na transição para uma economia digital”, sustenta o diretor do serviço de vendas na Europa, François Saugier, citado num comunicado.

Entre o conjunto de ferramentas disponibilizado pela Amazon às empresas portuguesas estão informações sobre os serviços prestados e um manual de instruções (ambos em português), uma conta de vendas, o serviço de entrega FBA, o apoio ao cliente em cinco línguas (inglês, espanhol, francês, alemão e italiano) e o método de pagamento.

“Uma vez submetido um novo produto pelo vendedor, ficará automaticamente disponível em todos os ‘websites’ da Amazon na Europa, dando a oportunidade de alcançar milhões de clientes. As empresas que venderem na Amazon terão ainda acesso a relatórios abrangentes e a ferramentas de análise, pelo que têm acesso a informação em tempo real das suas vendas, o que lhes permite delinear ideias de negócio que os irão ajudar a definir os seus preços, marketing e estratégias de produto de forma mais efetiva”, destaca.

Segundo fonte oficial da Amazon, o recurso a este serviço pode significar “um potencial de crescimento interessante” para PME portuguesas de diversos setores, com destaque para a alimentação, vinho, têxtil e calçado.

“Em 2015 os clientes da Amazon em todo o mundo compraram a empresas europeias que vendem os seus produtos nas nossas ‘webs’ mais de 1.000 milhões de unidades”, salientou, revelando que “metade das empresas que estão a vender na Amazon faz negócios em pelo menos um país que não o seu, ou seja, estão a exportar”.

Dados mais recentes, relativos ao terceiro trimestre de 2016, apontam que “49% das unidades que a Amazon comercializou em todo o mundo foram vendidas por PME” que utilizam esta plataforma como “um canal incremental de vendas”.