Numa conferência de imprensa sobre supervisão bancária, em Frankfurt, Joachim Nagel afirmou que “do ponto de vista atual, as taxas de juros deveriam subir mais”.

“A questão de até que ponto as taxas de juros devem subir não pode ser respondida no momento”, esclareceu o governador do banco central alemão.

Nagel lembrou que o BCE aumentou as taxas de juros nos últimos doze meses em 400 pontos base, fixando-as em 4%, a maior e a mais rápida série de subidas das taxas de juros na história da zona do euro.

Além disso, o BCE encerrou as compras de dívida pública e privada na zona do euro e, desde o início de julho, parou de reinvestir os títulos comprados no âmbito do programa de compra de ativos (APP).

Nagel realçou ainda que, por enquanto, o BCE também não pode dizer por quanto tempo as taxas de juros permanecerão altas e como irão evoluir posteriormente.

Isso dependerá da evolução da inflação e “há muita incerteza”, e é por isso que o BCE “não dá uma orientação exata” sobre os movimentos das taxas de juros, salientou Nagel.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse no fórum dos bancos centrais, em Sintra, que as taxas de juros voltarão a subir em julho.