Para 2023, o Bundesbank mostrou-se menos pessimista e antecipou uma recessão de 0,1%, quando antes previra 0,3%.

“A recuperação económica está a registar um certo atraso”, observou o Bundesbank em comunicado.

“A fraca procura externa constitui o principal travão para a indústria, além disso, o consumo privado mantém-se contido e o aumento dos custos de financiamento dificulta o investimento”, acrescentou a instituição, assegurando que a situação “vai tornar-se mais clara” no início de 2024.

O modelo económico alemão, que assenta numa forte indústria exportadora, está a sofrer com uma conjuntura internacional mais sombria e com a rápida subida das taxas de juro na zona euro, que penalizam o consumo e o investimento.

Os preços da energia são demasiado elevados em comparação com os seus concorrentes, especialmente desde a guerra na Ucrânia e o fim das entregas de gás russo mais barato, o que prejudica as atividades com maior utilização de energia, que tentam recuperar os níveis de produção anteriores.

O Governo alemão ainda espera que o Produto Interno Bruto (PIB) aumente 1,3% no próximo ano, enquanto o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma recuperação de 0,9%.

Em relação à inflação, o Bundesbank prevê que a situação continue a melhorar, como nos últimos meses, apontando para 2,7% em 2024, segundo o índice harmonizado de preços no consumidor.