A China, o maior produtor mundial de gases com efeito de estufa em termos absolutos, tem como objetivo vender uma maioria de veículos elétricos e híbridos até 2035.

O mercado chinês de veículos elétricos expandiu-se rapidamente nos últimos anos, impulsionado em particular pelos subsídios à compra, que foram retirados no final de dezembro de 2022.

Para acompanhar o abrandamento económico, dezenas de fabricantes locais lançaram uma guerra de preços na China, o maior mercado automóvel do mundo.

Ainda assim, o resultado financeiro está em conformidade com as previsões anunciadas em janeiro pela BYD (entre 29 e 31 mil milhões de yuans) e representam um aumento de 80,7% em relação ao ano anterior.

Em 2022, o lucro líquido mais do que quintuplicou (+445,8%).

As vendas da BYD em 2023 também aumentaram em relação ao ano anterior (+42%), atingindo 602,3 mil milhões de yuans (cerca de 76,8 mil milhões de euros).

A BYD (“Build Your Dreams”) é o principal fabricante de veículos elétricos da China.

A BYD foi fundada em 1995 em Shenzhen, uma metrópole no sul da China onde muitos grupos tecnológicos (Huawei, Tencent, etc.) têm as suas sedes.

Inicialmente especializada na conceção e fabrico de baterias, a empresa diversificou a atividade para o setor automóvel em 2003.

Atualmente, a BYD vende veículos híbridos e elétricos em cerca de sessenta países, nomeadamente na Europa. Em dezembro, o grupo anunciou a construção de uma fábrica de automóveis na Hungria.

No ano passado, a BYD tornou-se o primeiro fabricante do mundo a ultrapassar o marco simbólico de produzir um total combinado de cinco milhões de veículos híbridos e elétricos.

A União Europeia (UE), que manifestou preocupações com a concorrência dos veículos chineses, lançou no ano passado uma investigação sobre suspeitas de concorrência desleal.