"Isso está hoje claro, é uma medida absolutamente excecional e, independentemente de como venha a ser classificada - visto que ainda não há neste momento entre as entidades estatísticas um acordo sobre essa matéria -, não terá impacto na avaliação que a Comissão Europeia faça sobre o desempenho do nosso exercício orçamental", afirmou.

António Costa, que falava aos jornalistas à margem de uma iniciativa no ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, corroborou assim as declarações feitas hoje pelo ministro das Finanças à agência Lusa sobre esta matéria.

Questionado se está preocupado com a possibilidade de a recapitalização da CGD ter impacto no défice, respondeu: "Não, hoje já é claro, neste momento, aliás, pela própria Comissão Europeia, que o eventual efeito estatístico desse registo não terá impacto na apreciação sobre o desempenho orçamental português".

"Uma coisa é o efeito contabilístico, outra coisa é o juízo para efeitos para efeitos de Procedimento por Défice Excessivo (PDE)", acrescentou.

Segundo o primeiro-ministro, não se trata de "uma questão de compreensão" por parte das instituições europeias em relação a Portugal: "Faz parte das regras. Aliás, o comissário europeu também já o disse publicamente".

Hoje, o ministro das Finanças disse também não estar preocupado com uma eventual contabilização da recapitalização da CGD no défice, porque, mesmo que isso aconteça, "não terá impacto na avaliação que é feita do desempenho orçamental português pela Comissão Europeia".

Em resposta à agência Lusa, Mário Centeno referiu que a Comissão Europeia já sinalizou esta mesma posição esta semana à comunicação social. "Não é uma questão que levante grandes preocupações ao Governo", declarou.

(Notícia atualizada às 18h41)