O BdP refere que para o aumento da dívida pública “contribuíram as emissões líquidas de títulos (11,2 mil milhões de euros), com destaque para as emissões de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), um novo instrumento de dívida pública que permitiu captar cerca de 3,5 mil milhões de euros de aplicações das famílias”.

Adicionalmente, acrescenta, observou-se um aumento das emissões de certificados do tesouro, também subscritos pelas famílias, num total de 3,4 mil milhões de euros.

Os empréstimos, por sua vez, diminuíram 5,6 mil milhões de euros, “para o que contribuiu o reembolso antecipado de aproximadamente 4,5 mil milhões de euros de empréstimos concedidos pelo Fundo Monetário Internacional no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira”, sinaliza ainda o BdP.

O aumento da dívida pública em 2016, de acordo com a instituição, foi superior às necessidades de financiamento das administrações públicas, o que permitiu uma acumulação de depósitos de cerca de 4.000 milhões de euros.

“Deste modo, o aumento da dívida pública líquida de depósitos foi de aproximadamente 5,5 mil milhões de euros em 2016, totalizando 223,8 mil milhões de euros no final do ano”, indica.