O novo acordo comercial substitui o Acordo de Livre Mercado da América do Norte (NAFTA), que tinha sido estabelecido em 1994 entre os Estados Unidos e os seus dois principais mercados de exportação.
O novo acordo começou a ser negociado em 2017, e já fora firmado pelo México e pelo Canadá, em 2018, constituindo a resposta a uma promessa eleitoral de Donald Trump, de renegociar um acordo que ele considerava danoso dos interesses dos interesses norte-americanos.
“Este é um acordo avançado e de ponta, que protege, defende e serve as grandes pessoas do nosso país”, disse o Presidente dos EUA, numa cerimónia na Casa Branca, cuja lista de convidados incluía mais de 70 membros republicanos do Congresso, mas nenhum democrata.
Trump teve de negociar o acordo com os parceiros do Canadá e do México, mas deparou-se com muitas resistências no Congresso, perante as dificuldades de entendimento com a ala democrata, maioritária na Câmara de Representantes.
O acordo já tinha sido firmado com os líderes do Canadá e do México, em 2018, mas faltava ainda a ratificação pelo Congresso, que foi conseguida após a inclusão de várias alterações propostas pela oposição.
“O que o Presidente assinará é bem diferente do que o Presidente nos enviou”, disse a líder democrata da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, referindo-se ao que considera ser “melhorias” introduzidas no documento final do acordo.
“Hoje, colocámos fim ao pesadelo de Alena”, disse Trump, referindo-se ao tratado NAFTA, que tinha sido assinado pelo seu antecessor Bill Clinton e que foi alvo de muitas críticas por parte do atual Presidente norte-americano, que o considerou danoso para os interesses dos EUA.
Trump considera que o anterior tratado impelia as empresas norte-americanas a deslocarem as suas fábricas e negócios para o México e apostou em conseguir um acordo em que beneficia esses empreendimentos em regressar aos EUA, dizendo que trará benefícios de centenas de milhares de milhões de dólares.
A Comissão Independente de Comércio Internacional dos EUA, contudo, fez as contas e calculou que o novo acordo tripartido acrescentará apenas cerca de 68 mil milhões de dólares (cerca de 60 mil milhões de euros) ao crescimento económico dos Estados Unidos (0,35% do PIB).
Entre os críticos do novo acordo estão grupos ambientalistas, preocupados com o facto de as novas regras não terem tido em conta as alterações climáticas.
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