Em 2010, no ano anterior ao pedido de ajuda financeira à ‘troika’ - Fundo Monetário Europeu (FMI), Comissão Europeia e Banco Central Europeu (BCE) –, a economia portuguesa valia 179.930 milhões de euros.

Desde então, o Produto Interno Bruto (PIB) português, a preços de mercado, caiu nos dois anos seguintes, tendo começado a recuperar o seu valor em 2013, mas apenas em 2016 atingiu 185.000 milhões de euros, ficando pela primeira vez em seis anos acima do valor registado no final de 2010.

Isto significa que, em termos acumulados, o PIB cresceu pouco mais de 5.000 milhões de euros em seis anos. A título de exemplo, quase 5.000 milhões de euros foi o montante injetado no Novo Banco através do Fundo de Resolução Bancário e significa cerca de metade do que o Estado gasta com juros da dívida num ano.

Outra conclusão dos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), que são publicados hoje num documento chamado ‘Portugal 2015’ e que compara vários indicadores sócio económicos entre 1990 e 2015, é relativa ao mercado de trabalho.

O INE conclui que, no pico da crise económica, entre 2011 e 2013, “a diminuição global do emprego foi na ordem de 311.000 unidades”, e que, no entanto, nos anos seguintes, a recuperação do emprego – que ficou nas 119.300 unidades – ficou “bastante aquém do necessário para compensar as perdas dos anos anteriores”.

O ano de 2013 foi aquele em que a taxa de desemprego atingiu o nível mais elevado até ao momento, tendo atingido 16,6% da população ativa, salienta.

No ano seguinte reduziu-se para 13,9%, o que representou uma inversão da tendência de aumento que se verificava desde 2001, apenas contrariada em 2008, segundo o INE.

No conjunto do ano passado, a taxa de desemprego representava 11,1% da população ativa, o que traduz uma diminuição de 1,3 pontos percentuais em relação a 2015.