“A Gazprom anunciou que vai interromper o fornecimento a partir de 31 de maio de 2022”, indicou, em comunicado, a GasTerra, que garantiu ter antecipado esta decisão, efetuando a compra de gás noutros locais.

Em 31 de março, o Presidente russo, Vladimir Putin, passou a exigir que os compradores, provenientes de países considerados “hostis”, fizessem os pagamentos em rublos (moeda local).

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, com os países ocidentais a condenarem a ação, recorrendo a pacotes de sanções.

“A GasTerra não cumpre este requisito de pagamento”, vincou a empresa, notando que estes apresentam um “risco de violação das sanções estabelecidas pela UE [União Europeia]”, bem como riscos financeiros e operacionais.

Segundo as contas da empresa, com esta decisão, deixarão de ser entregues à Holanda cerca de 2.000 milhões de metros cúbicos de gás até outubro.

No entanto, a GasTerra garantiu estar já preparada para o impacto desta decisão, tendo comprado gás noutros locais, apesar de não adiantar mais pormenores.

O Governo da Holanda já disse “entender” a decisão da GasTerra de não ceder ao pedido “unilateral” da Gazprom.

“Esta decisão não tem consequências para o fornecimento físico de gás às residências holandesas”, assegurou, através de uma publicação na rede social Twitter, o ministro do Clima e da Energia, Rob Jetten.

A GasTerra é propriedade das empresas Shell, Esso e EBN, bem como do Estado holandês, que tem uma participação de 10%.