Pedro Passos Coelho, que falava na Guarda, onde presidiu à sessão de encerramento do "Congresso da Coesão Territorial - O futuro dos territórios", organizado pela Juventude Social-Democrata (JSD) disse que o país precisava de ter "um modelo de desenvolvimento assente em mais altos salários e o que é que se está a passar? De 2014 até agora cada vez são mais os trabalhadores a tempo completo que recebem o Salário Mínimo Nacional (SMN)".

"Na primavera de 2014 eram cerca de 400 mil os trabalhadores que ganhavam o Salário Mínimo Nacional. A nossa estimativa é que no fim de 2016 seja quase um milhão o número de trabalhadores que ganham o Salário Mínimo Nacional", afirmou.

O líder dos sociais-democratas e ex-primeiro-ministro classificou como "cinismo e hipocrisia" a crítica que foi feita ao PSD no passado, ao ser acusado de fomentar "o modelo económico baseado nos baixos salários", quando "os baixos salários cresceram com o novo Governo e com as suas novas políticas".

"Estava em boa altura, só a partir destes dois exemplos, de esperar que o Governo fizesse um reexame destas políticas, porque os problemas estão a ser agravados. Não estamos a vencer a batalha das desigualdades, estamos a agravar essas desigualdades", concluiu.

No seu discurso disse ainda que o país precisa de investimento, "que traga emprego, e de preferência emprego mais qualificado, com investimento mais qualificado, que acrescente valor".

"Aquilo que se está a passar é um retrocesso neste caminho que vimos fazendo, pelo menos desde que iniciámos processos de transformação estrutural da nossa economia a partir de 2011", afirmou.

Passos apontou que "há vários retrocessos", dando o exemplo do aumento do número de trabalhadores que recebem o Salário Mínimo Nacional e do abandono escolar precoce.

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