Em comunicado, a Global Media adianta que “os seus acionistas chegaram a acordo com o empresário de Macau Kevin Ho, nos termos do qual” este investidor “aportará ao capital da empresa ‘holding’ do grupo o montante de 15 milhões de euros, passando o novo investidor a deter 30% do capital social da sociedade”.

Segundo a dona do DN, Jornal de Notícias (JN) ou TSF, entre outros, “o capital investido no grupo vai ser utilizado, fundamentalmente, em projetos destinados a reforçar a liderança do grupo no digital e à sua internacionalização, especialmente nas geografias onde se fala português e junto das nossas comunidades no estrangeiro”.

O grupo de media anunciou ainda alterações na estrutura acionista da GMG: os empresários angolano António Mosquito e português Luís Montez “transmitiram as suas participações no grupo a José Pedro Soeiro, empresário e gestor com participação em empresas portuguesas, angolanas e do Reino Unido”.

Assim, a composição acionista da Global Media passa a ser a seguinte: KNJ 30%, José Pedro Soeiro 30%, Joaquim Oliveira 20%, e o BCP e Novo Banco ambos com 10% cada.

“A estrutura acionista resultante destas operações facilitará os objetivos do grupo, num momento de grandes transformações no setor e de dificuldades no mercado doméstico”, prossegue.

“Nenhum acionista deterá o controlo do grupo”, garante a GMG, acrescentando que na administração executiva vão continuar Victor Ribeiro [presidente executivo], José Carlos Lourenço e Maria Teresa da Graça e entrará um administrador indicado pelo novo investidor, o jornalista Paulo Rego”.

Daniel Proença de Carvalho (‘chairman’), Kevin Ho (‘vice-chairman’), Philip Manuel Eusébio Yip, Rolando Oliveira, Jorge Carreira e José Pedro Soeiro serão administradores não executivos.

José Pedro Soeiro, 47 anos, é empresário e gestor com base profissional em Londres.

O grupo de media, que é acionista da Lusa, encontrava-se há mais de um ano em negociações com a empresa macaense KNJ Investment Limited para a sua entrada no capital da empresa.

Injeção de capital de 15 milhões permite à Global Media “investir no seu futuro”

A injeção de capital de 15 milhões de euros na Global Media, onde a KNJ passa a deter 30%, vai permitir à dona do Diário de Notícias (DN) “investir no seu futuro”, considerou hoje a empresa macaense.

O empresário de Macau Kevin Ho, através da KNJ, concretizou a entrada na Global Media Group (GMG), passando a deter 30%, anunciou hoje a dona de títulos como DN, Jornal de Notícias (JN) e TSF, entre outros.

Em comunicado, a KNJ manifesta-se “satisfeita em confirmar que o acordo está feito e todos os contratos assinados” com GMG, que considera ser “’player’ gigante dos media em Portugal”, recordando o seu vasto portefólio.

“A injeção de capital [de 15 milhões de euros por 30% da empresa] permite à GMG investir no seu futuro”, apostando num “ambicioso plano estratégico focado na melhor capacidade de jornalismo, produção de conteúdos multimédia e globalização”, acrescenta a empresa liderada por Kevin Ho.

Para o grupo macaense, os mercados de língua portuguesa “serão cruciais” na nova estratégia da Global Media, impulsionando todas as principais marcas da empresa para a migração digital e processo de globalização assente no conceito da “economia da língua”.

A KNJ sublinha que a Global Media já lidera nas audiências digitais em Portugal, razão pela qual um “forte investimento em tecnologia e massa crítica” irão impulsionar a empresa para “uma posição mais forte”.

Sublinha ainda que a “modernização” e a “globalização” foram os conceitos-chave que juntaram a GMG e a KNJ.

No comunicado, a KNJ recorda que é um grupo de investimento privado com sede em Macau que tem o lucro como objetivo e que “este acordo não é diferente”.

Nesse sentido, a “injeção de capital será investida” no sentido de “aumentar” o valor da sua participação na GMG.

“Mas também somos pessoas de Macau e sentimo-nos felizes em contribuir, ajudando a Região Administrativa Especial de Macau a ser conhecida em todo o mundo como uma plataforma entre a China e os países de língua portuguesa”, conclui.