"Há que reconhecer que o mérito é de todos. Já o disse e repito. Mérito inquestionável tiveram os que arrostaram a pé firme com a ingrata missão de aguentar os anos dramáticos da crise, como mérito tiveram os que, igualmente firmes, desmentiram as antevisões de insucesso anunciado para tempos recentes", referiu.

Para Marcelo, "Portugal está a mudar e está a mudar para melhor", a sair da crise, "embora de uma forma assimétrica e não tão rápida" quanto o que seria desejável.

No entanto, o chefe de Estado alertou que é "fundamental" encarar esta melhoria do país com "equilíbrio", sem pessimismos, mas também sem euforia que leve a desperdícios e laxismos e aos inerentes custos sociais.

"Se é fundamental, por um lado, não cedermos à tentação recorrente de uma menor autoestima ou de um pessimismo que nos é por vezes atávico, também não caiamos na euforia, que olhando para o percurso orçamental ou para o despontar do crescimento, alimente ilusões quanto a desperdícios, quanto a laxismos, quanto a facilitismos que já conhecemos no passado com o inerente custo social", referiu.

Falando na cerimónia comemorativa do 85.º aniversário da fábrica de chocolates Imperial, que incluiu a inauguração de uma nova unidade fabril, Marcelo evocou as "sombrinhas" e as tabletes de chocolate de ananás que, como disse, fizeram as suas "delícias" na infância e adolescência.

Aludiu ainda às "pintarolas", que "constituíram maravilhas" para a geração dos seus filhos.

"Pode parecer um pouco inusitado que um Presidente da República, ademais professor universitário, ouse evocar tais minudências numa cerimónia oficial. Mas só para quem não entenda que um professor universitário também foi criança e adolescente e ao chegar a Belém não fica proibido de ser como era e precisamente como foi apreciado por quantos o legitimaram com o seu voto", disse ainda.

A nova unidade industrial da Imperial significou um investimento de 6 milhões de euros e tem uma capacidade de produção de 3000 toneladas de chocolate por ano. A empresa tem 200 trabalhadores, representando os mercados externos perto de 30 por cento do seu volume de negócios. Quase metade das exportações (48 por cento) é para a Europa, seguindo-se África (36 por cento), América (9 por cento) e Ásia (7 por cento). Com um volume de negócios de 28 milhões de euros, a Imperial detém marcas como Jubileu, Regina, Pintarolas, Pantagruel e Allegro.

(Notícia atualizada às 19h14)

 

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