No discurso do encerramento do seminário "Portugal Exportador 2017", que hoje decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu que "toda a sensatez orçamental é fundamental", defendendo que esta se estenda à concertação social para que não se troque "a ilusão mirífica de um instante por aquilo que é verdadeiramente consistente, que é estruturante, que é duradouro".

"Sabemos que as democracias são plurais, sabemos que nelas coabitam interesses e sensibilidades diversas e faz parte do jogo democrático e da riqueza da democracia a sua expressão, mas faz parte da democracia também a sensatez de não deitar fora o essencial do caminho percorrido em termos de equilíbrio financeiro e o essencial da concertação social no domínio das condições para o investimento e para as exportações, e portanto para o crescimento e para o emprego", apelou.

Para o chefe de Estado estas são "preocupações fundamentais", não do Presidente da República ou de um Governo, mas "de todo um país".

O chefe de Estado reitera assim a importância da "consistência no controlo do défice e na redução da dívida pública", o que é "essencial para o investimento, para a exportação, para o crescimento e para o emprego".

À saída, quando questionado pelos jornalistas sobre se este pedido de sensatez era um sinal de preocupação, Marcelo Rebelo de Sousa foi perentório: "é um sinal de determinação. O Presidente mais do que preocupado, tem de estar determinado".

No discurso do encerramento, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a alterar o protocolo, deixando ao Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca - em visita de Estado a Portugal - a última intervenção da sessão.

"Não é ocasional esta troca protocolar de uso da palavra porque a grande alegria hoje é termos connosco o Presidente da República de Cabo Verde e isso vale mais que todos os protocolos do Estado de Portugal ou do mundo", justificou.

Para o chefe de Estado, não pode haver outro Portugal que não seja o exportador, considerando que uma "aposta portuguesa" é exportar o que o país tem de melhor.

"O modelo de desenvolvimento virtuoso assenta essencialmente em exportações e investimento. Não anula o papel do consumo, mas esse papel não pode nem deve ser nem determinante nem decisivo", avisou.

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