“Não entendo exatamente em que contexto é que, eventualmente, a Inspeção Geral de Finanças pudesse acrescentar transparência ou melhor controlo (sobre a CGD). Sendo uma entidade do setor financeiro, tem exigências muito superiores”, disse a ex-ministra das Finanças, ressalvando que apenas soube da existência do relatório pelas notícias difundidas hoje de manhã.

Questionada pelos jornalistas, na sede do PSD, Maria Luís Albuquerque referiu que todas as atividades da Caixa foram sempre acompanhadas pelo Banco de Portugal, Banco Central Europeu, Mecanismo Único de Supervisão e Direção Geral da Concorrência.

O Tribunal de Contas acusou hoje o Ministério das Finanças de “falta de controlo” na Caixa Geral de Depósitos (CGD) entre 2013 e 2015, salientando que o Estado aprovou documentos de prestação de contas sem ter a informação completa.

Maria Luís Albuquerque disse ainda não conhecer o documento do Tribunal de Contas, frisando que a Caixa Geral de Depósitos, “como aliás todos os bancos”, estão sujeitos a um nível de escrutínio “muito mais completo, muito mais exigente e rigoroso” do que qualquer outra entidade do setor público empresarial.

A antiga ministra das Finanças e atual deputada do PSD referiu ainda que a aprovação das contas da CGD era feita com toda a informação “necessária”.

Maria Luís Albuquerque respondia às questões dos jornalistas, na sede nacional do PSD, em Lisboa, após uma declaração em que criticou afirmações do primeiro-ministro, António Costa, na entrevista de segunda-feira à RTP.